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AGÊNCIA CBIC

01/04/2014

Vendas para setor de construção civil devem avançar 6%

"Cbic"
01/04/2014

Valor Econômico

Vendas para setor de construção civil devem avançar 6%

Por Rosangela Capozoli | Para o Valor, de São Paulo  José Carlos Noronha, da Abal: "Com as construções para a Copa, surgiram inovações na área de fachadas"

Por sete anos consecutivos exibindo crescimento na casa dos 10%, o setor de alumínio voltado à construção civil entra em 2014 com perspectivas de redução no ritmo de produção. Trata-se, porém, de uma taxa considerada excelente pela a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). As projeções apontam para um aumento ao redor de 6%. O mesmo índice deverá se repetir no próximo biênio.

O pequeno recuo do setor não vale para algumas grandes empresas do ramo, que trabalham com estimativas de volume quase três vezes superiores ao crescimento esperado pela Abal neste ano. É o caso da Alcoa Alumínio, que não descarta a possibilidade de repetir em 2014 os mesmos 15% obtidos no ano anterior. Desde 2007, a área de construção civil apresenta forte demanda pelo metal, com aumento médio anual na casa dos 10%.

Quando se iniciou o aquecimento do setor imobiliário, em 2007, o ramo consumiu 112,8 mil toneladas de alumínio. No ano passado, esse volume saltou para 244,5 mil toneladas, significando um acréscimo de 165,8% no período. O metal ganhou mais força e sofisticação nos últimos dois anos por conta das obras de infraestrutura para a Copa 2014. "Com as construções de arenas, aeroportos e ginásios poliesportivos para Copa 2014 surgiram as inovações na área de fachadas. Fornecemos cerca de 1,5 milhão de m2 de fachadas ao mercado anualmente", conta José Carlos Noronha, coordenador do Comitê de Mercado de Construção Civil da Abal.

Hoje, segundo o executivo, 70% dos produtos são usados nas edificações residenciais e o restante dividido entre os segmentos comercial e institucional. "A construção civil teve um boom, puxando o setor de alumínio nas áreas de infraestrutura, estádios e galpões", emenda Fabiano Urso, gerente de marketing de laminados da Alcoa para América Latina e Caribe. A companhia, maior fabricante mundial de alumínio, que em 2013 registrou um incremento de 15% no volume comercializado, mantém projeções bastante otimistas para o ano.

"Em 2014 as vendas deverão crescer entre 10% e 15%, incremento semelhante ao ano anterior, que fechou em 15%. A maior parte das obras já foi concluída, mas muitas outras estão em fase de construção. Há forte investimento na área de galpões ainda em obras", diz Urso.

A Alcoa tem um portfólio com 10 famílias de produtos voltadas ao setor de construção civil cujo carro chefe são as coberturas que representam 40% do total das linhas. "A área comercial responde por 90% de todo o ramo de construção civil e os outros 10% concentram-se na área residencial", diz. A Alcoa concluiu em fevereiro deste ano o processo de expansão da sua unidade de Tubarão (SC). Com a instalação da nova linha de produção, a capacidade produtiva da unidade aumentará em 10 mil toneladas por ano voltadas ao mercado da construção civil, indústrias moveleira, automobilística e metal-mecânico. Em 2011, a companhia anunciou investimento de R$ 20 milhões na expansão.

O avanço do alumínio na construção civil e a Copa de 2014 também ajudaram a puxar os negócios da Votorantim Metais. Entre as maiores fabricante do metal, a companhia produz perfis, chapas e telhas. "Em 2013, registramos um aumento no volume de negócios no mercado interno de 10%. Para este ano, a expectativa é de que as vendas para o segmento de construção continuem crescendo, estimuladas por obras de modernização de infraestrutura e a concretização das concessões de portos, aeroportos, estradas e ferrovias", afirma Victor Breguncci, diretor comercial do negócio alumínio da Votorantim Metais. Segundo ele, o carro chefe da empresa são os perfis de alumínio.

A Alpex, também produtora de perfis, disponibiliza 40% das vendas para o setor de construção civil. "Hoje contabilizamos mais de 5.300 modelos de perfis que podem ser aplicados em variados segmentos da construção civil, entre outras áreas", destaca Wagner Sales, gerente comercial da Alpex. O aumento na procura por alumínio vai além do crescimento da indústria da construção civil, que não tem sido pequeno. Estudos da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) apontam aumento de 5,7% no volume de vendas no mês de fevereiro comparado ao mesmo intervalo de 2013.

No acumulado do ano, a alta é de 3,5%. "O resultado de vendas desse início de ano é bastante positivo e mantém o otimismo para atingir a previsão de crescimento de 4,5% em relação a 2013", comenta Walter Cove, presidente da Abramat. Ainda de acordo com o executivo, o resultado do mês de fevereiro foi o segundo índice positivo da série de comparação com os mesmos meses do ano passado, após o valor negativo observado no mês de dezembro.

Os números do estudo da Abramat mostram que os empregos na indústria tiveram um crescimento de 5,2% em relação a fevereiro de 2013. Já em relação ao mês anterior houve queda de 2,4%. "O segmento da construção civil está otimista para 2014", diz Cove. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) prevê um crescimento de 2,8% em 2014. Pesquisa realizada com 530 lojistas das cinco regiões do Brasil projeta um avanço de 7,2% nos negócios neste ano sobre o anterior, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco).

"A previsão é crescer entre 5,5% e 6% em 2014 e para o próximo biênio deverá ficar no mesmo patamar. Aliás, esse índice é considerado excelente para o setor considerando que ocorre sobre uma base alta", resume o coordenador da Abal. Ele reforça que em 2013 a construção civil demandou, entre alumínio extrudados e laminados – chapa, moldura e telhas- 244,5 mil toneladas, alta de 10,14% sobre o ano de 2012, dos quais 192 mil toneladas foram consumidas na área residencial e o restante entre comercial e institucional. "O alumínio é mais leve que o ferro e que o aço, o que favorece a rapidez e menor contratação de mão de obra nos empreendimentos. Além disso, a vida útil é de 40 ou 50 anos. Esses benefícios vêm sendo absorvidos pelos investidores já que, na comparação de preços, o metal ainda é mais caro que os demais", conclui Noronha.



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