Venda de imóveis em São Paulo cresceu acima das projeções

O Estado de S. Paulo

Venda de imóveis em São Paulo cresceu acima das projeções 

Secovi-SP esperava alta  de 5% nas vendas e de  10% nos lançamentos;  resultado foi de 23% e  16,4%, respectivamente  

 Circe Bonatetti   

 As vendas e lançamentos de imóveis residenciais em 2013 naccapital paulista cresceram acima das projeções do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). No início do ano passado, a entidade esperava alta de 5% nas vendas e de 10% nos lançamentos. Já a pesquisa divulgada ontem mostra que as vendas encerraram o ano com alta de 23,6%, enquanto os lançamentos subiram 164%.

"A economia está muito ruim, mas os fundamentos para que o mercado imobiliário continuasse crescendo se mantiveram firmes e fortes", afirmou o economista-chefe do SecoviSP, Celso Petrucci. Ele citou a evolução do emprego e da renda da população, além da abundância de crédito imobiliário com taxas e prazos atrativos.

Outro fator foi a liberação de recursos do FGTS para financiamento de imóveis de até R$   750 mil, em comparação ao limite anterior de R$ 500 mil.

Para este ano, o Secovi-SP projeta estabilidade, com lançamentos e vendas na faixa de 33 mil unidades, semelhante ao verificado em 2013. O sindicato disse esperar que os fundamentos do mercado continuem consistentes, mas prevê limitação dos negócios por causado calendário marcado por Copa do Mundo, eleições e carnaval tardio (em março). "Os fundamentos vão continuar positivos, o que nos garantirá essa estabilidade", disse o presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes.

Em relação aos preços, Bernardes disse esperar em 2014 alta da inflação. Em 2013, foi apurada alta real nos preços de 10,7%, e nominal de 20%, segundo pesquisa interna do sindicato. Para o presidente da entidade, os preços já se tornaram restritivos para boa parte da população, o que tem alimentado a procura por imóveis menores, como os de um dormitório. A participação desses produtos no total das vendas vem crescendo ano a ano e podem evoluir um pouco mais neste ano, segundo Bernardes, que ainda acredita na manutenção da liderança dos imóveis de dois dormitórios no total das vendas.

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 Mais caros  

 10,7%

foi a alta real dos preços de  imóveis em São Paulo em 2013  

 20%

foi a alta nominal