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20/04/2012

Setor de linha amarela investe em aumento de capacidade

"Cbic"
20/04/2012 :: Edição 301

 

DCI Online/SP 20/04/2012
 

Setor de linha amarela investe em aumento de capacidade

O avanço da construção civil tem impulsionado cada vez mais os investimentos na indústria brasileira de equipamentos destinados aos canteiros de obras, a chamada linha amarela. Além de gigantes globais como Hyundai Heavy Industries, Zoomlion e Volvo, outras empresas continuam investindo no mercado doméstico. É o caso do Grupo Baram, fabricante brasileira que está ampliando sua fábrica em Sapucaia do Sul (RS) para atender à crescente demanda interna. Já a americana Manitowoc Crane, que recentemente anunciou a construção de sua primeira fábrica no Brasil, com aporte que ultrapassa R$ 75 milhões, começa a escoar produção ainda em 2012.
 "Hoje, o Brasil possui uma demanda nesse setor que não tinha no passado", afirmou ao DCI o diretor-geral da Manitowoc no Brasil, Mauro Nunes. De acordo com o executivo, a multinacional estava presente em todos os países do BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e América do Sul), exceto no mercado brasileiro. "E há um crescimento sustentável no País, o que justifica o investimento", diz Nunes.
 A Manitowoc fabrica diversos produtos da linha amarela e, no Brasil, começará pelos guindastes, que custam até R$ 1 milhão cada. Como o governo federal exige índice mínimo de 60% de conteúdo nacional para que a empresa possa comercializar seus produtos com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – o chamado Finame -, a Manitowoc já está trabalhando para obter o benefício, uma vez que a esmagadora maioria das aquisições desse tipo de equipamento é feita através do BNDES.
 "Em, no máximo, um ano, atingiremos o conteúdo local exigido pelo governo, ou até mais. Queremos ultrapassar os 75%", garante Nunes. Ele explica que os fabricantes do setor, no Brasil, precisam iniciar a produção já com 45% de índice de nacionalização de componentes.
 Outro equipamento amplamente utilizado na construção civil são as gruas, que também devem ser produzidas na planta de Passo Fundo (RS) da Manitowoc. "A expectativa é que a fabricação de cada um desses dois produtos atinja 100 unidades anuais", diz Nunes. O faturamento previsto para o próximo ano deve ultrapassar os R$ 300 milhões. A perspectiva de crescimento é de 10% para os próximos anos.
 O Grupo Baram também se prepara para o crescimento e já projeta incremento de até 25% da sua produção em 2012. "As perspectivas para esse mercado se devem, principalmente, à modernização do canteiro de obras", afirma Josely Rosa, diretor da empresa gaúcha. De acordo com o executivo, o crescimento registrado pela companhia em 2011 foi de 30% em relação ao ano anterior.
 "Muitas obras estão com atraso e os projetos do governo estão demandando mais das empresas do setor", diz o executivo. Um dos produtos que o grupo fabrica são gruas de pequeno porte, amplamente utilizadas no programa Minha Casa Minha Vida.
 Em 2011, o Grupo Baram produziu 8 mil equipamentos. A expectativa para este ano é de que sejam fabricadas cerca de 10 mil unidades. Para tanto, a empresa irá investir R$ 6 milhões para quase que dobrar a atual capacidade de produção. O faturamento previsto gira em torno de R$ 110 milhões para 2012.
 Mercado aquecido
 Mesmo com os investimentos na indústria da linha amarela no País, o mercado sente a falta de oferta. Segundo estudo da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), 72% das empresas que atuam no mercado imobiliário alugam todos os equipamentos para suas obras, 23% locam só uma parte das máquinas, além de terem uma pequena frota própria, e apenas 5% das empresas são verticalizadas, ou seja, possuem 100% dos equipamentos que utilizam nos canteiros.
 De acordo com o diretor da Commat, que atua na comercialização e aluguel de equipamentos de linha amarela, Breno Farias, a demanda no setor está muito elevada e muitas vezes os clientes não conseguem alugar essas máquinas. "Os produtos não chegam a ficar na empresa. Tudo sai rapidamente", afirma Farias. Ele destaca que o crescimento esperado neste ano é de cerca de 40%.
 Para o diretor da Manitowoc, o setor não ficará saturado com a chegada de grandes marcas de linha amarela, no País. "Existe espaço para o crescimento do mercado e entrada de outros players", afirma Nunes. Já para o executivo do Grupo Baram, o mercado imobiliário continuará a impulsionar a indústria. Além disso, outros segmentos também devem contribuir com esse aquecimento, como as obras de infraestrutura, projetos de petróleo e gás e megaeventos esportivos. "Acredito que o mercado está se preparando para toda essa procura, que deve acirrar ainda mais este ano", diz Rosa.

"Cbic"

 

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