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AGÊNCIA CBIC

10/11/2014

Setor aponta atraso na inovação da construção

"Cbic"
10/11/2014

O Estado de S. Paulo

Setor aponta atraso na inovação da construção 

Reportagem de capa

Indústria imobiliária se vê obrigada a elevar produtividade e a reduzir ciclos de produção

ESPECIAL PARA O ESTADO

A inovação em produtos imobiliários – incluindo uso racional da Égua e eficiência energética foi tema de seminário realizado pelo Sindicatoda Habitação (Secovi). Para o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da entidade, CarlosBorges,ofortecrescimento do mercado nos últimos cinco anoscriougrandesdesafios para a indústria da construção civil, que se vê obrigada a aumentar a produtividade e reduzir ciclos de produção, ainda mais num período em que há retração na venda de imóveis.

A diretora da NG1 Consultoria, Maria Angélica Covelo Silva, acredita que nunca houve "tanta oportunidade" para inovar o setor, tendo como base a Norma de Desempenho 15-575, daAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

"A norma traz um caminhão de oportunidades de inovação para atender melhor a todos os requisitos. Seja por não termos produtos com tecnologia em condições adequadas, seja para evoluir no desempenho", diz, ressalvando que ainda existem materiais no patamar mínimo, "no zero-zero".

A ABNT 15.575, segundo o Secovi, foi um "divisor de águas", associando a qualidade de pro dutos ao seu resultado de desempenho, com instruções de como fazer tal avaliação. Desde julho de 2013, quando a norma entrou em vigor, todo empreendimento deve cumprir padrões mínimos de durabilidade, iluminação e acústica, entre outros. O foco do desempenho é o usuário. "É preciso conceber, escolher tecnologias, sistemas de uso e operação pensando na vida útil do edifício", diza diretora da NGI. Segundo ela, no caso de requisitos térmicos, por exemplo, "nossos edifícios teriam nota 4 numa escala de zero a dez".

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Água  

 "Em 1987, a Poli realizou conferência mundial nessa área (uso racional da água).  Mas durante esses anos a preocupação foi zero. No Brasil, os edifícios jogam água fora, literalmente"

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Um dos casos apresentados no evento, ocorrido na última quinta-feira, foi o sistema de fachadas KhaufAquapaneL Segundo a gerente de produtos da empresa, Fernanda Nunes, ele tem maior resistência ao fogo e melhor isolamento termoacústico.

O diretor geral da Knauf do Brasil, Gunter Leitner, vê certo desinteresse do setor, citando pesquisa recente da Associação Brasileira do Drywall, que entrevistou 200 profissionais, incluindo arquitetos e engenheiros. "Sessenta e cinco por cento disseram desconhecer oconteúdo da norma de desempenho."

Maria Angélica comenta que os prédios verdes são a bola da vez. "Existem edifícios, teoricamente sustentáveis, que não têm durabilidade e, com dois anosde uso, jáapresentam fechada deteriorada", diz. "Sustentabilidade exige trabalhar com o conceito de longa vida útil."

Ela também aborda a "agrura da água" em São Paulo, destacando que os países desenvolvidos há muito tempo adotaram tecnologias para o uso racional desse recurso nos edifícios. "Em 1987, a Escola Politécnica da USP realizou conferência mundial nessa área", lembra. "Mas,durantetodosessesanos, a nossa preocupação com isso foi zero. No Brasil, os edifícios, literalmente, jogam água fora." Odiretor de Designe Construção da Tishman Speyer, Luiz Henrique Ceotto, afirma que houve " aumentode sensibilibilidade" diante do desafio de aumentar a produtividade. "Estamos no final da fila", declara, ao comentar que hámaisde35 anos vem discutindo esse assunto. Debate.  Maria Angélica Covelo Silva e Luiz Henrique Ceotto apontaram problemas

"Nosso setor,talvez, seja um dos com maisbaixa produtividade." Segundo ele, o discurso e os conceitos discutidos são sempre os mesmos. "Continuamos citando contrapiso racionalizado e projeto de alvenaria como evolução tecnológica, assim como drywall, que está no Brasil há mais de 25 anos."

Para Ceotto, é preciso dar um salto e aproveitar efetivamente as tecnologias disponíveis para desenvolver o mercado. "Fomos forçados a pensar em produtividade, o que não foi feito nos últimos anos, quando tivemos forte aquecimento, mas o setor não aproveitou", afirma. "No passado, se falava da falta de motivação para industrializar o setor porque não havia demanda. Mas tivemos forte demanda e fomos empilhar tijolo." Ele acrescenta: "Os resultados foram catastróficos. As empresasde capital aberto declararam prejuízos gigantescos e as de capital fechado também tomaram prejuízo."

 


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