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AGÊNCIA CBIC

30/03/2015

Sem obras, fim de 300 mil vagas

"Cbic"
30/03/2015

Correio Braziliense – 30 de março

Sem obras, fim de 300 mil vagas

Responsável pelo maior contingente de trabalhadores com pouca qualificação, a indústria da construção civil está em recessão. O presidente do Sinducon-SP, José Romeu Ferraz Neto, contabiliza 270 mil demissões em 2014 e estima o fechamento de mais 300 mil postos este ano. "Todos os segmentos do setor estão com problemas", explica. Na área imobiliária, a insegurança dos compradores por conta da economia do país está postergando os negócios. "Há queda de 30% nos lançamentos. As empresas estão com estoque alto", diz Ferraz Neto. Na área de construção, o setor se ressente da falta de repasses do governo para o programa Minha Casa, Minha Vida. "Há um atraso de 60 dias na liberação dos recursos", assinala.

 Ferraz Neto também ressalta que, na área de infraestrutura, a indústria da construção está sentindo o efeito da Operação Lava-Jato. "A maior parte das empreiteiras está envolvida. O governo deveria abrir o mercado e desonerar o setor", defende. O advogado especialista em construção civil Marlon Ieiri, do escritório L.O.Baptista SVMFA, alerta que o momento é muito difícil para o setor. "Não só pela Lava-Jato, mas pela conjuntura econômica. As obras não estão saindo do papel. Os estoques estão altos e as companhias estão demitindo. O problema maior é que o desemprego aumenta justamente na classe de trabalhadores mais desqualificados", revela.

 Natalia Cotarelli, economista da BI&P, explica que a indústria automotiva está estagnada e a queda nas vendas de veículos é responsável pela demissão no setor. "A tendência é que essa desaceleração continue", projeta. Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de veículos em 2014 recuou 15,3% e 12,4 mil trabalhadores foram demitidos. A Força Sindical estima que a cadeia automotiva demita 20% da mão de obra este ano, cerca de 350 mil trabalhadores.

 Comércio

 Além do desemprego, a renda não deve ter crescimento real este ano, aponta o professor de Finanças da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Piscitelli. "As demissões aumentaram e a tendência é a substituição de mão de obra de salários altos por trabalhadores mais baratos", observou. Para o economista da CNC, Fábio Bentes, esse movimento já começou. "A deterioração do mercado de trabalho está muito forte. Comércio e serviços, que estavam segurando bem antes, agora foram contaminados pela fraca atividade do país", diz. Enquanto os setores geraram 390 mil empregos em 2014, para 2015 a perspectiva é fechar 100 mil postos de trabalho.

 

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