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AGÊNCIA CBIC

01/03/2011

Quando o lixo vira luxo

 

01/03/2011 :: Edição 048

Jornal de Brasília/BR  |   01/03/2011

quando o lixo vira luxo

Elson Póvoa e Dario Clementino

Engenheiros e, respectivamente, presidente e
vice-presidente do Sindicato da
Indústria da Construção Civil do Distrito Federal, o Sinduscon-DF

Governo Federal anunciou a criação de um grupo de
trabalho, formado por vários ministros, destinado a promover a regulamentação
da Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que estabeleceu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, importante conquista do povo brasileiro rumo ao
desenvolvimento ambientalmente sustentável; importante ainda destacar que, com
relação a isso, estamos bastante atrasados em relação aos países mais
desenvolvidos do mundo. De fato, o lixo hoje não é assunto menos relevante, mas
merece a atenção de todos nós, autoridades, fabricantes, importadores,
distribuidores, comerciantes, empresários e população em geral.

Temos que nos preocupar com a produção mais
limpa, principalmente com o reaproveitamento dos resíduos sólidos e o
tratamento adequado de resíduos líquidos e tóxicos, e já temos de pensar em
incentivos fiscais, financeiros e creditícios e outros instrumentos econômicos,
para quem se importar com a ecoeficiência. Afinal, aprender a reciclar
significa resgatar a cidadania e o respeito ao meio ambiente, e o Distrito
Federal precisa avançar mais neste setor. Na área sindical-empresarial, temos
valorizado as ações de meio ambiente e de inovação nas empresas, buscando a
melhoria constante da qualidade.

Uma vertente da responsabilidade social das
empresas é a preocupação com o descarte e a destinação adequada dos resíduos
industriais, sólidos e orgânicos. Segundo Sabetai Calderoni, consultor da ONU e
autor do livro Os Bilhões Perdidos no Lixo bilhões, por ano, em saúde e
educação, por exemplo, se houvesse política adequada de tratamento dos resíduos
sólidos. No Brasil, menos de 10% do lixo é reaproveitado.

A lei da política nacional de resíduos sólidos é
um avanço significativo, na medida em que define a gestão integrada e o
gerenciamento dos resíduos sólidos. Um dos itens mais delicados que merece a
atenção dos ministros é o da logística reversa, que compreende os procedimentos
para viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos do setor
empresarial para reaproveitamento.

O Governo do Distrito Federal deve agilizar a
implantação das áreas de depósitos de resíduos sólidos urbanos e o Aterro
Sanitário de Samambaia. O nosso setor processa 4 mil toneladas-dia de resíduos
sólidos e solicitamos à Secretaria de Patrimônio da União duas áreas de
transbordo, de 120 mil m2 cada uma, para atender parte do Distrito Federal,
incluindo o novo Setor Noroeste. Esse resíduo pode ser aproveitado, após
reciclado, na pavimentação, na produção de blocos pré-moldados, de argamassas,
utilização em construção de casas populares.

O GDF e todas as instituições devem apoiar os
projetos de aproveitamento e reciclagem, transformando os resíduos sólidos
produzidos pelo nosso setor como matéria-prima para a produção de novos
produtos a serem utilizados em novas obras, protegendo desta forma a mãe
natureza, e criando novas fontes de renda. Afinal, lixo é riqueza e vira luxo.


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