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AGÊNCIA CBIC

21/03/2011

Prévia da inflação do aluguel perde o ritmo no início de março

 

21/03/2011 :: Edição 060

Jornal DCI Online/BR  |   21/03/2011

prévia da inflação do aluguel perde o ritmo no início de março

São Paulo – A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de
março, que subiu 0,59%, abaixo da taxa de 0,88% em igual prévia em fevereiro,
sinaliza um indicador fechado para este mês bem menor que o do mês passado
(1%). A análise é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), Salomão Quadros.

Ele lembrou que a primeira prévia do IGP-M também mostrou desaceleração de
fevereiro para março (de 0,66% para 0,48%). O especialista observou ainda que,
assim como o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de março, a segunda prévia do
IGP-M deste mês mostrou recuos nas taxas de inflação do atacado, do varejo e da
construção civil, os três
setores pesquisados para cálculo dos Índices Gerais de Preços (IGPs).

No entanto, o que tem contribuído para as taxas menores do indicador é o
atual movimento de "suavização" na inflação das commodities no
atacado. "De todos os três setores, o atacado é que tem influenciado mais
este comportamento de desaceleração dos IGPs. E dentro do atacado, as
commodities", resumiu.

Commodities mais baratas no atacado levaram à taxa menor da segunda prévia
do IGP-M. Segundo Salomão Quadros, a inflação das matérias-primas brutas
agropecuárias atacadistas, que são notadamente commodities, recuou de 2,44%
para 0,79% no período.

Entre os destaques, estão as quedas e desacelerações de preços apuradas em
soja (de deflação de 0,32% para retração de 5,58%; milho em grão (de 8,93% para
1,32%); e cana-de-açúcar (de 3,43% para 1,22%).

Além disso, Quadros lembrou que o reajuste do minério de ferro, realizado
trimestralmente pela Vale e calculado a partir das oscilações de preço do
produto no mercado internacional, já foi captado pelo IGP-M. Tanto que a
variação de preço do produto, item de maior peso no cálculo da inflação
atacadista, passou de aumento de 5,37% para uma queda de 0,05% no período. Isso
contribuiu para a taxa menor do indicador.

Porém, segundo ele, os preços dos alimentos in natura, principalmente
frutas, continuam em alta no atacado. A inflação da batata-inglesa disparou (de
1% para 15,78%).


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