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AGÊNCIA CBIC

06/09/2011

Pólo ganhará laboratório certificador

"Cbic"
06/09/2011 :: Edição 172

 

Diário do Comércio – MG/MG 06/09/2011
 

Pólo ganhará laboratório certificador

Projeto vai beneficiar 18 indústrias que compõem o arranjo produtivo localizado no Pontal do Triângulo.

 As indústrias do APL fabricam tijolos, telhas, lajotas e cerâmicas vermelhas
 O Polo Cerâmico do Pontal do Triângulo Mineiro, que agrega 18 indústrias de cinco municípios da região, vai ganhar um laboratório para certificar e avaliar a qualidade da produção. O projeto que conta com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) visa aumentar a qualidade e o valor agregado das peças produzidas no Estado.
 O presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmicas e Olarias do Triângulo e Alto Paranaíba (Sincotap), Ivan Abraão, explicou que a iniciativa é dividida em duas etapas. A primeira fase já em curso, orçada em R$ 1,5 milhão engloba a consultoria de uma empresa paraibana que está avaliando o trabalho desenvolvido pelas companhias que compõem o Arranjo Produtivo Local (APL).
 Segundo Abraão, essa etapa, que deve se estender por dois anos, está a cargo do Sebrae-MG que vai arcar com 80% dos custos, ou seja, R$ 1,2 milhão. O restante será bancado pelo Sincotap. Além do potencial de cada empresa do polo, a consultoria avalia, entre outros, a qualidade das jazidas de argila da região.
 Já na outra etapa, feita em parceria com a Fiemg, o sindicato irá construir em Ituiutaba um laboratório onde as cerâmicas fabricadas pelo APL serão testadas. A ideia, conforme Abraão, é que com o levantamento as indústrias estejam aptas a produzir peças padronizadas e de maior valor agregado. Além disso, o presidente do sindicato disse que a estrutura ajudará as empresas na conquista de certificações e, conseqüentemente, de novos mercados. "Poderemos entrar em concorrências do Estado e da União com itens de qualidade superior à dos concorrentes", destacou.
 Maquinário  – A Fiemg irá investir aproximadamente R$ 450 mil para custear o maquinário que irá compor o laboratório. A instalação poderá beneficiar também negócios de outras empresas e até mesmo de outros estados. Abraão estima que a estrutura seja inaugurada em outubro e que após seis meses de operação, as 18 cerâmicas da região já sejam diretamente beneficiadas.
 Com o aprimoramento da produção, o presidente do Sincotap espera, inclusive, alçar voos para mercados estrangeiros. Hoje as comercializações do polo estão concentradas em sete estados brasileiros (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Pará).
 Iniciado na década de 1960, em Ituiutaba, o polo cerâmico compreende hoje os municípios de Ipiaçu, Capinópolis, Santa Vitória e Centralina. Atualmente as 18 indústrias que formam o APL fabricam tijolos, telhas, lajotas e cerâmicas vermelhas. A produção mensal gira em torno de 12 milhões a 15 milhões de peças.
 Conforme Abrahão, os negócios da região há dois anos vivem uma fase de franca expansão em conseqüência do programa do governo federal, "Minha casa, minha vida" (MCMV). Neste período, alavancadas também pelos investimentos em automação, as indústrias cresceram, em média, 40%.
 Embora o governo tenha recentemente colocado o pé no freio nas obras do MCMV, a venda das cerâmicas continua em alta impulsionada pelo aquecimento da construção civil. Para 2011, a expectativa do Sincotap é de um salto de 10%. O faturamento do APL não foi revelado.
 Para Abrahão, o maior gargalo das indústrias hoje diz respeito ao uso racional das jazidas de argila. A exploração, feita às margens do rio Paranaíba, no município de Capinópolis, pode ser suspensa em casos de degradação ao meio ambiente, o que ainda deixa em alerta as empresas do ramo. Segundo o presidente do Sincotap, cada indústria extrai anualmente pelo menos 15 mil metros cúbicos de argila, o que possibilita a fabricação de sete milhões de peças/ano.
"Cbic"

 

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