Economia & Negócios – Agência Estado/SP
Para Mantega, PIB de Serviços foi surpresa, mas País está em recuperação
Ministro projetou uma expansão de 1% da economia no quarto trimestres deste ano estadão.com.br
SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o país está em trajetória de recuperação da economia, apesar de o governo esperar mais, e que essa recuperação será mais forte no trimestre corrente.
Os últimos indicadores, disse o ministro, já apontam para uma reação da economia. Ele projeta expansão de 1% do PIB no quarto trimestre e mantém a previsão de crescimento da ordem de 4% em 2013. "Posso afirmar que a economia está em trajetória de aquecimento", disse.
Mantega disse também que a surpresa foi o desempenho do setor de serviços. De acordo com que ele, um dos motivos que levaram à frustração das expectativas em relação ao PIB foi o governo e os analistas terem olhado mais para o setor agropecuário, que registrou queda forte no segundo trimestre, e menos para o setor de serviços. "Olhamos mais para a agricultura e menos para o setor de serviços", disse o ministro, ao se referir à variação zero do segmento dos serviços.
O ministro não soube explicar o baixo desempenho do consumo do governo. "O consumo do governo foi fraco. Ainda não sabemos exatamente o que aconteceu", explicou.
Indústria
Mantega afirmou que a indústria de transformação "está ganhando velocidade e vai continuar nessa trajetória" nos próximos trimestres. O ministro destacou que o setor está apresentando bom nível de recuperação, devido a medidas de estímulo adotadas pelo o Poder Executivo, como as desonerações tributárias.
Ele destacou que a indústria da construção civil também apresentou resultado positivo no terceiro trimestre e o setor está em plena retomada. "A surpresa do terceiro trimestre foi o desempenho de serviços, que responde por mais de 60% do PIB", comentou. E isso, segundo ele, foi um reflexo da redução dos spreads das operações financeiras, o que levou os bancos a reduzirem as concessões de crédito.
(Com Agência Estado e Reuters)
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