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AGÊNCIA CBIC

27/10/2014

Os desafios para o presidente

"Cbic"
27/10/2014

O Globo

Os desafios para o presidente 

INFRAESTRUTURA Déficit de moradias e saneamento

Mais recursos e maior qualificação de prefeituras e empresas públicas para tocar projetos estão entre os principais desafios para melhorar a infraestrutura urbana no Brasil. No caso do saneamento básico, quatro em cada dez domicílios ainda não estavam ligados à rede de esgoto em 2013, segundo o IBGE. Esse índice era de 14%, no que diz respeito ao acesso à rede de água. A meta é universalizar o acesso até 2033.

Em outra frente, o país tem o desafio de suprir um déficit de cinco milhões de moradias, resolver gargalos da mobilidade urbana – o que exigira investimentos em transporte coletivo – e instalar lixões nos municípios.

. Presidente do Instituto Trata, Édison Carlos diz que é preciso quase dobrar o investimento anual nas redes de água e esgoto: – Saneamento é uma das infraestruturas mais atrasadas do país. Houve esforço, mas há um déficit muito grande. Precisaríamos de mais quatro ou cinco PACs (Programa de Aceleração do Crescimento) para universalizar o saneamento.

O Trata é uma organização da sociedade civil de interesse público especializada no tema.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, destaca que houve avanços na política habitacional, mas entende que esse tipo de política pública requer programas que vão além dos quatro anos de um mandato. Ele lembra que, além do déficit habitacional, o país precisa atender também à demanda anual de cerca de 1,5 milhão de novas moradias ligada ao crescimento da população.

– É preciso haver planejamento de longo prazo, política de Estado e não de governo.

Quanto ao saneamento, Martins afirma que é preciso melhorar a eficiência das empresas do setor reduzindo vazamentos e desvios (os chamados "gatos").

Logística

Desenvolver eixos de transportes

O nó da infraestrutura logística no país demanda investimentos urgentes de R$ 107,4 bilhões para desenvolver eixos de transportes e aumentar a competitividade da produção do país em relação ao mundo, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, estradas de má qualidade, portos ineficientes, cabotagem pequena, falta de ferrovias e de áreas de armazenagem, entre outros fatores, afetam a indústria e a sua capacidade de se integrar às cadeias globais de produção.

Para o agronegócio, as demandas são parecidas, uma vez que os custos logísticos diminuem a competitividade dos nossos grãos no mercado internacional, de acordo com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Segundo cálculos da InterB Consultoria, neste ano os investimentos em logística do país devem superar pela primeira vez a marca de 1,2% do PIB, mas refletindo um crescimento maior pela estagnação da economia do que por um avanço pujante dos empreendimentos. Para a consultoria, "o investimento em infraestrutura necessita ser uma política de Estado, mas uma política inteligente, reconhecendo as obrigações do Estado no âmbito do planejamento e regulação, e suas limitações no plano do financiamento e execução" Ciente das limitações do orçamento federal, dado pelo atraso de obras como as ferrovias Norte-Sul e Nova Transnordestina, incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo lançou nos últimos anos o Plano de Investimentos em Logística (PIL), para promover concessões nas áreas de portos, ferrovias, aeroportos e estradas. O Ministério da Fazenda previu em julho que seriam investidos até 2017 em concessões já feitas ou ainda a serem feitas, R$ 114,5 bilhões.

SUSTENTABILIDADE Conter a derrubada da floresta

Reverter o aumento do desmatamento na Amazônia será um dos principais desafios na área ambiental Depois de quatro anos caindo consistentemente, ao que tudo indica este será o segundo ano consecutivo que a derrubada da floresta cresceu. Especialistas afirmam que o novo governo terá de retomar medidas que, no passado, já demonstraram eficiência no combate ao desmatamento, como a criação e consolidação de Unidades de Conservação (UCs). A presidente Dilma criou apenas uma na Amazônia.

– É preciso continuar criando e implementar as já existentes, fazendo regularização fundiária, colocando vigilância nas áreas – observa o pesquisador Paulo Barreto, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Outra questão que deverá constar da pauta do próximo governo é a água. ONGs ambientalistas enviaram aos candidatos um documento alertando sobre a importância da proteção da Amazônia para manter o regime de chuvas em todo o país. Segundo o documento, lá são produzidos diariamente 20 bilhões de toneladas de vapor d'água transportadas em nuvens para o centro-sul do Brasil. Além da Amazônia, seria preciso reflorestar as margens de rios e nascentes.

Outro ponto a ser tratado pelo próximo governo, o cabo de guerra entre o Executivo e o Congresso em tomo da prerrogativa da demarcação de terras indígenas também deverá constar da temática ambiental A transferência desse poder da Presidência da República para o parlamento segue engavetada no Ministério da Justiça, apesar das pressões dos indigenistas para manter como está e dos ruralistas para mudar:

 


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