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AGÊNCIA CBIC

25/02/2015

Obras paradas há nove meses geram cenários de abandono

"Cbic"
25/02/2015

Diário do Nordeste – 25 de fevereiro

Obras paradas há nove meses geram cenários de abandono

Devido ao cancelamento do contrato entre Governo e consórcio responsável, o trabalho continua sem previsão de retorno. Enquanto isso, as estruturas já construídas enfrentam a falta de manutenção 

"O sonho de todo mundo aqui é ver esse trem funcionando". A frase é do comerciante Benedito Bezerra, morador do bairro Vila União, mas resume a expectativa de milhares de fortalezenses em relação ao Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). A esperança, contudo, logo acaba quando se vê o estado de abandono em que se encontram as obras, paradas há cerca de nove meses após o cancelamento do contrato firmado pelo Governo do Estado com o consórcio responsável pelas intervenções.

O trabalho continua sem previsão de retorno, situação que se prolonga desde então, e, enquanto isso, as estruturas já construídas enfrentam a falta de manutenção. Das oito estações inclusas no projeto do transporte, apenas uma, situada na Avenida Borges de Melo, foi concluída. No entanto, com a suspensão das obras, hoje o local está esquecido. O exterior da plataforma foi completamente tomado pelo matagal, que quase cobre os tapumes ainda não retirados. O espaço também teve o piso danificado, não se sabe se resultado da ausência de conservação ou da ação de criminosos, ambas relatadas por quem vive no entorno. "Os vagabundos levaram um monte de ferro que ficou por aí quando as obras pararam", diz Benedito Bezerra.

Segurança 

 Na manhã de ontem, um vigilante fazia a guarda do local. Segundo ele, a segurança é necessária para evitar o roubo de partes da estrutura, situação registrada em estações próximas. "Se não tivesse a gente aqui, acho que teriam levado tudo", conta o profissional.

Em outras duas plataformas, implantadas nos bairros Aldeota e Papicu, os canteiros de obras vazios revelam os trabalhos inacabados, suspensos ainda em estágio inicial. As construções, já repleta de pichações, tornaram-se, ainda, grandes depósitos de materiais de construção abandonados e de lixo, deixado pela população no local.

As obras do VLT estão paralisadas desde junho do ano passado, em decorrência do descumprimento de contrato por parte do consórcio construtor, segundo a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). Antes disso, no entanto, o trabalho já era marcado pela lentidão. As intervenções deveriam ter sido entregues para a Copa do Mundo de 2014, mas a um mês do início do evento, apenas 50% do projeto estava concluído.

Licitações 

 Conforme a Seinfra, a retomada das obras continua sem previsão. Nos últimos meses, duas licitações foram realizadas para dar continuidade ao serviço, mas as empresas concorrentes não atenderam aos requisitos do Governo do Estado. Agora, a Pasta afirma que um novo certame está sendo discutido.

A Secretaria informou, por nota, que a vigilância das plataformas é feita pela Polícia Metroviária ao longo de todo o trajeto do ramal, em convênio com o Metrô de Fortaleza (Metrofor). Ainda de acordo com o órgão, denúncias de ações criminosas devem ser comunicadas para a Ouvidoria do Estado do Ceará, por meio do telefone 155.

O VLT ligará o Mucuripe à Parangaba, em um percurso de 12,7 Km que passará por 22 bairros. O projeto prevê a construção de oito estações: Parangaba, Papicu, Montese, Vila União, Rodoviária, São João do Tauape, Pontes Vieira e Mucuripe. Conforme a Seinfra, a estimativa é que o modal transporte até 90 mil passageiros por dia.

Vanessa Madeira 

 Repórter

 


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