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AGÊNCIA CBIC

16/06/2016

“O FUTURO DA MINHA CIDADE” É APRESENTADO NO ESPÍRITO SANTO EM EVENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

O projeto “O Futuro da Minha Cidade”, iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do SESI Nacional e patrocínio nacional da Caixa, foi apresentado aos capixabas durante uma palestra realizada na tarde da última quarta-feira (15), na “QUALICON 2016 – Qualidade, Inovação e Tecnologia na Construção Civil”, evento que debate a inovação, qualidade e tecnologia na indústria da construção. O projeto tem como principal objetivo mobilizar a sociedade para ser protagonista na gestão das cidades, desenvolvendo soluções para a sustentabilidade. Esta ação propõe um modelo de trabalho para a implantação de programas de planejamento e desenvolvimento sustentável envolvendo as principais lideranças do município.

A convite do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), a palestra foi ministrada pelo consultor do projeto, o ex-prefeito de Maringá e secretário de Planejamento e Coordenação Geral do Governo do Paraná, Silvio Barros; e contou ainda com a participação do presidente do Conselho de Desenvolvimento Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), Renato de Sousa Correia. A moderação foi realizada por Aristóteles Passos Costa Neto, ex-presidente do Sinduscon-ES.

Além de explicar como nasceu o projeto, Silvio Barros enfatizou a importância da mobilização da sociedade civil organizada para que as cidades se desenvolvam de forma ordenada, tendo os moradores como protagonistas das mudanças. Sua explicação serviu de reflexão para os participantes, principalmente em um ano eleitoral em âmbito municipal. Barros frisou que este é o período apropriado para se definir o futuro desejado para as cidades.

Quanto a isso, o ex-prefeito de Maringá deixou claro que o planejamento de longo prazo é muito importante. É fundamental que os governos saibam ouvir, planejar, gerenciar e dar continuidade aos planos já em execução. Silvio Barros também chamou a atenção dos participantes para um tema que tem ganhado espaço: como a economia e as cidades vão se portar com o impacto da descarbonização, que significa sair da matriz de combustível fóssil? Segundo o consultor, isso vai ocorrer mais rápido do que muitos pensam. As cidades precisam estar prontas para esse futuro com energias alternativas.

Goiânia, cidade que já pensa o futuro

Renato Correia apresentou o exemplo de Goiânia, uma das cidades onde a sociedade civil organizada já se mobilizou para pensar o futuro. Com objetivo de planejar e estabelecer diretrizes e ações de longo prazo – para melhorar a renda e a qualidade de vida da população local –, foi criado o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico (Codese). Esta entidade elaborou um plano de médio prazo, que será apresentado aos candidatos a prefeito, no qual constam as diretrizes e ações a serem desenvolvidas nos próximos anos com o objetivo de posicionar a capital goiana entre as 10 cidades do Brasil com o maior Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.

O case serviu para fortalecer a mensagem principal da palestra: mostrar como a atuação da população é necessária para que as cidades se desenvolvam de forma mais organizada, transparente e eficiente. O presidente do Sinduscon-ES, Paulo Baraona, disse que o sindicato quer mobilizar os capixabas para tentar unir entidades em torno do assunto e implantar esse trabalho no Estado.

Maringá, pioneira no assunto

A cidade de Maringá, no Paraná, foi planejada por ingleses e fundada em 1947. Hoje com mais de 350 mil habitantes, exibe índices de desempenho impressionantes para uma cidade tão jovem. Com IDH 0,8 (23º do Brasil), ocupa o terceiro lugar do país em saneamento básico, o quinto no combate à mortalidade infantil, o 13º em geração de empregos e o 15º em exportação. Esses números são facilmente reconhecíveis em um passeio a pé pela cidade. Maringá é agradável, arborizada, com calçadas regulares e espaçosas.

Mas Maringá não nasceu assim. A cidade passou por um processo de amadurecimento e organização da sociedade civil, na década de 90, que foi fundamental para sua história de sucesso. Naquela época, diante da perda do dinamismo econômico e com a visão de repensar o modelo de desenvolvimento, um grupo de lideranças da sociedade civil (que incluía federações, lojas maçônicas, sindicatos e associações) reuniu-se para uma conversa sobre o futuro da cidade. Nasceu assim, em 1996, o movimento “Repensando Maringá” e, em seguida, fundou-se o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem).

Após quase duas décadas de funcionamento, o Codem se mostrou um modelo que pode ser replicado em outros municípios. Disseminar essa ideia é a missão do projeto “O Futuro da Minha Cidade”, já implantado em quatorze cidades brasileiras: Aparecida de Goiânia-GO; Belém-PA; Cascavel-PR; Chapecó-SC; Goiânia-GO; Joinville-SC; Porto Velho-RO; Santa Maria-RS; São Gonçalo do Amarante-CE; São Luís-MA; Teresina-PI; Uberlândia-MG; Vitória-ES e Volta Redonda-RJ.

O projeto tem duas características principais: 1) a participação voluntária de grande parte das pessoas no conselho de desenvolvimento da cidade e 2) a visão de planejar o futuro. Desta forma, a natureza da iniciativa está em planejar e tecer alianças, o que impede que o conselho tenha conflitos com o poder público. As duas frentes são complementares na gestão da cidade. Outros aspectos incluem o apartidarismo, que trata da ausência de ligação com partidos políticos, fundamental para garantir a legitimidade do conselho e preservar os interesses, desejos e demandas da sociedade; e o foco no desenvolvimento econômico.

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