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AGÊNCIA CBIC

17/12/2010

Na mira dos negócios

CBIC Clipping

17/12/2010 :: Edição 029

Jornal O Globo/BR|   17/12/2010

Na mira dos negócios

Com eventos como Copa do Mundo, Olimpíadas e Rock in Rio no calendário, cidade atrai os investidores

 Rio de Janeiro está em alta e todo o seu potencial para receber os mais importantes eventos mundiais será colocado à prova nos próximos seis anos. A vocação da cidade como destino de milhares de turistas e como território fértil a criação de novos negócios – que por anos foi prejudicada por elevados índices de violência, desordem urbana e abandono — ganhou uma nova chance. A partir de 2011, começa uma nova injeção de ânimo para a economia fluminense.

 Depois de um intervalo de uma década, os cariocas serão novamente os anfitriões do Rock in Rio, que começa em setembro do ano que vem. O festival, com previsão de receber cerca de 600 mil pessoas, será um "esquenta" para o que virá pela frente: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O efeito desse calendário de megaeventos já começou.

 As primeiras manifestações são percebidas nos segmentos da indústria de construção civil, energia, turismo, mercado imobiliário e transporte.

 – O Rio vive um momento de alto aquecimento econômico. A taxa de desemprego é inferior a 5% e devemos fechar o ano com 90 mil empregos criados, sendo 60% deles formais. A estimativa é que até 2016 sejam gerados 280 mil empregos na cidade — conta Felipe Góes, secretário municipal de Desenvolvimento, acrescentando que, até os Jogos Olímpicos, 8 mil novos quartos de hotel serão construídos. – O Rio também cresce como núcleo de pesquisa de novos conhecimentos. É o caso recente da GE (que vai instalar no Fundão um Centro de Pesquisa Global, destinado ao setor de petróleo e gás). Outras cinco empresas estão em fase de estudo. Isso é um sinal de que a cidade hoje também pode oferecer mão de obra qualificada e qualidade de vida – completa.

 Sob o chapéu da secretaria comandada por Góes está o Projeto Porto Maravilha, cuja missão é revitalizar a zona portuária da cidade a partir de um investimento de R,5 bilhões. O objetivo da prefeitura é atrair empresas para montarem ali seus escritórios, aquecer o mercado imobiliário com boas ofertas de moradia e erguer espaços dedicados à cultura e ao entretenimento.

 No início de dezembro, foi dado início às obras do Museu do Amanhã, localizado no Pier Mauá. O projeto – uma iniciativa da prefeitura do Rio, com realização da Fundação Roberto Marinho – terá uma área de 12,5 mil metros quadrados e investimento em torno de R$ 130 milhões. Outro fruto da parceria entre a prefeitura e a fundação, desta vez com o apoio do governo do estado, o Museu de Arte do Rio vai ocupar o antigo palacete Dom João VI, construído em 1916 e que já passa por restauração.  Dentro do cronograma do que deve abrir em 2012 está também o Instituto Museu Aquário Marinho (aquário), localizado onde era o frigorífico da Companhia Brasileira de Armazenamento.

 -Business de entretenimento com cifras expressivas ainda é algo incipiente no Brasil, se comparado a lugares da Europa e dos Estados Unidos. No Rio há espaço para bons equipamentos. O aquário foi projetado há três anos e ganhamos a licitação para usar a área. O Porto Maravilha veio para nos dar mais visibilidade. Foram investidos R$ 125 milhões e as obras começaram em outubro – explica Roberto Kreimer, diretor da Kreimer Engenharia.

 Parte da estrutura necessária para realização dos Jogos Olímpicos também será montada na zona portuária. Com um total de 10.600 quartos, serão implantadas as vilas de mídia e de árbitros, além de outras instalações, que, ao fim da competição, se transformarão em prédios residenciais e comerciais. Ainda com o propósito de aumentar para 80 mil o número de moradores na região do porto, 511 residências foram contempladas pelo programa Novas Alternativas, que recupera casarios.

 Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), Roberto Kauffmann diz que o Rio vive um crescimento de setores como os de mão de obra qualificada, material de construção e serviços especializados.

 – Esse ramo deverá crescer cerca de 14% no país. No Rio, poderá ser maior. Da parte do município foram dados incentivos fiscais, visando à construção de quartos de hotéis, bem como para transformar os casarões nas áreas históricas em apartamentos, pousadas e comércio – lista Kauffmann: – Foi aprovado um projeto de lei que reduz o ICMS dos materiais de construção para as empresas que fizerem moradias no programa Minha Casa, Minha Vida. Já o setor imobiliário para quem tem renda maior está aquecido com lançamentos na Zona Oeste e região metropolitana.

 O quebra-quebra é ouvido em diversos pontos da cidade. Vai desde a obra a céu aberto para recuperar as calçadas e fiações de energia e de tubulações de água da rua Barão de Tefé, no Centro, às reformas dos salões e suítes do Hotel Glória, que passa a se chamar Gloria Palace em 2011, graças a um investimento de R$ 200 milhões do grupo EBX, de Eike Batista. Na Zona Norte, a reforma chegou ao estádio do Maracanã, que receberá em 2014 a partida final da Copa. Iniciada em agosto, gerou um investimento de R$ 705 milhões.

 Fundamental na reestruturação da cidade, o setor de transporte engrossa o número de frentes de obras. É o caso da Linha 4 do Metrô, prevista para ficar pronta em 2015. O trecho licitado percorre os bairros de Ipanema, Leblon, Gávea, São Conrado e Barra e vai beneficiar 800 mil pessoas. No pacote de projetos estão o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)- saindo da região portuária e os BRTs (Bus Rapid transir), com três corredores expressos: a transoeste, ligando a Barra da Tijuca a Santa Cruz; a transolímpica, que irá do Recreio dos Bandeirantes a Deodoro; e a trans carioca, da Barra ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. 

– A infraestrutura da cidade vai sentir um impacto com as obras públicas, as reformas e os novos corredores de transporte. Isso alimenta o comércio de material de construção e setores de engenharia e de projetos – afirma José Luiz Alquéres, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), atento também ao ramo da hotelaria:- Estamos recebendo visitas de estrangeiros interessados em abrir filiais por aqui. É a hora de a cidade ganhar sofisticação nesse setor e entrar no mapa mundial.

 Janine Pires, ex-presidente da Embratur e atualmente assessora especial do Ministro do Esporte, Orlando Silva, para a Rio 2016, diz que o turismo terá momentos de pico.  – A Copa vai atrair entre 500 e 600 mil pessoas para o Brasil e os Jogos Olímpicos, entre 350 e 380 mil. Mas, antes, vamos ter atletas vindo se ambientar, jornalistas procurando lugares para suas redações… E o Rio vai ser a cidade mais beneficiada nisso tudo – afirma ela.

 Gerente de Infraestrutura e Novos Investimentos da Firjan, Cristiano Prado acredita que a cidade vive um momento único.  – Essa onda de investimentos mexe com a indústria de construção civil, que aumenta a contratação e isso reflete no salário dos trabalhadores – explica Prado: – A cidade já padeceu por diversos anos do abandono, por falta de alinhamento entre diversos níveis do governo. O Rio volta a ser interessante e se firma como a capital dos novos negócios.

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