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AGÊNCIA CBIC

01/09/2017

Mercado imobiliário reage no segundo trimestre

Número de imóveis novos lançados cresceu 59,8% e as vendas aumentaram 17,5%. Conjuntura econômica com taxas de juros em queda favorece as opções de compra, avalia o setor da construção civil

O desempenho do mercado imobiliário no segundo trimestre de 2017 mostra clara recuperação quando se compara com os números dos três primeiros meses do ano. O lançamento de novas unidades e as vendas voltaram a crescer mantendo reação positiva no último trimestre. Isso é o que mostra a segunda rodada do estudo Indicadores Nacionais do Mercado Imobiliário, apresentado esta semana pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção, por meio da Comissão da Indústria Imobiliária (CII/CBIC). “O mercado oferece muitas oportunidades e as pessoas voltaram a buscar o sonho da casa própria”, avalia José Carlos Martins, presidente da CBIC.

O estudo apresentou uma análise comparativa do semestre de 2017 contra o primeiro semestre de 2016, mostrando também as evoluções trimestrais do setor. Na avaliação do economista Celso Luiz Petrucci, presidente da CII/CBIC e coordenador desse projeto, o segundo trimestre registrou desempenho muito melhor que o primeiro, “recuperando” o semestre.

Formulado pela CBIC em correalização com o SENAI Nacional, e apoio do Secovi-SP, o estudo Indicadores Nacionais do Mercado Imobiliário é trimestral e mapeou a atividade do setor em 20 regiões em todo o país, oferecendo um panorama nacional desse mercado.

Em termos de lançamentos imobiliários, o desempenho do segundo trimestre foi similar à média dos cinco trimestres anteriores. O resultado do segundo trimestre mostra que de abril a junho foram lançadas 16.813 unidades residenciais verticais, o que significa aumento de 59,8% em relação ao primeiro trimestre, mas ainda registra queda de 10% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. As vendas do segundo trimestre chegaram a 22. 685 unidades residenciais, com crescimento de 17,5% na comparação com o primeiro trimestre e aumento de 5,8% quando se compara com o segundo trimestre de 2016.

Para Celso Petrucci, a perspectiva é de crescimento até o final do ano. “Se houver evolução da agenda econômica do governo, projetamos um crescimento de 10% em lançamentos e vendas para 2017 em relação ao ano passado”.

Os números do estudo sinalizam de fato uma recuperação das vendas. O volume de unidades vendidas foi maior do que o número de lançamentos em 6.167 unidades, o que sinaliza recuperação do mercado, com aumento da demanda. O número de unidades vendidas maior que o número de lançamentos levou a uma redução importante da oferta final disponível para venda.

O dado significa que o estoque de imóveis não vendidos diminuiu. O segundo trimestre terminou com 120.928 unidades verticais para venda ainda na planta, em construção ou prontos, contra 125.279 no primeiro trimestre, ou seja, uma queda de 3,5% no segundo trimestre em comparação ao trimestre anterior. Quando se compara com o mesmo trimestre do ano passado a queda é ainda maior, de 16,4%.

Juros em queda determinam decisão de compra

Em entrevista à Globonews durante a apresentação do estudo, o presidente da CBIC disse que os lançamentos precisam acompanhar as vendas para não faltar imóvel no mercado. Segundo Martins, o cenário de taxas de juros em queda é um dos fatores que determina a decisão das pessoas de comprar imóvel. “Com os juros em baixa, as opções de compra das pessoas melhoram e elas têm melhores condições de assumir o financiamento de longo prazo”.

O documento ressalta, contudo, que a recuperação verificada de abril a junho não é generalizada. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o número de lançamentos aumentou em nove regiões pesquisadas e caiu em outras nove. Já as vendas aumentaram em sete regiões e caíram em dez.

Em decorrência do cenário de retração econômica, a recuperação do setor tem sido de forma moderada. “O sentimento de melhora é no agregado, mas ainda dentro das médias trimestrais anteriores e não equivalentes ao semestre de 2016, diz Celso Petrucci.

O presidente da CBIC reitera que a queda nos preços, gerada pela crise financeira, torna 2017 um bom ano para aquisição ou troca de imóveis. “Os estoques estão caindo e a tendência é que falte produto no futuro”

Vendas superam lançamentos no semestre

O documento aponta ainda que no primeiro semestre as vendas superaram em 42,1% os lançamentos, perfazendo um total de 17.135 unidades a mais vendidas.  As vendas e lançamentos no primeiro semestre de 2017 mostra uma queda em relação ao mesmo período de 2016. No caso das vendas a queda foi de 5,1% e nos lançamentos 21,6%. Já a oferta final de lançamentos no primeiro semestre de 2017 registrou uma queda de 16,4%, em relação ao primeiro semestre de 2016.

Nas regiões pesquisadas, o total de unidades lançadas e vendidas no último trimestre é majoritariamente representada por dois dormitórios, de 73% e 65%, respectivamente.

As informações da pesquisa são resultado de censos de mercado ou de estimativas amostrais baseadas em pesquisas censitárias colhidas e avaliadas com a mesma metodologia, o que confere consistência aos dados. A primeira rodada foi apresentada nos primeiros dias de maio, já sinalizando a reação do setor.

A CII/CBIC vem apoiando as entidades na realização de suas pesquisas regionais, para que mais mercados façam parte do indicador nacional. Nessa edição passam a fazer parte Cuiabá, Uberlândia e Natal.

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