AGÊNCIA CBIC
Indústria da construção agora prevê crescimento mais perto de zero em 2014
20/08/2014 |
O Globo Online Indústria da construção agora prevê crescimento mais perto de zero em 2014 BRASÍLIA (Reuters) – A indústria brasileira da construção reduziu nesta terça-feira a previsão de crescimento do setor para 2014, refletindo o baixo crescimento da economia, atrasos em obras públicas de infraestrutura e conclusão de programas habitacionais. A previsão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o ano passou a ser de estagnação ou avanço de até um por cento, ante projeção anterior de alta de 2,5 por cento. "Quando a economia desacelerou, os setores colocaram o pé no freio do investimento, as obras da Copa acabaram e as concessões não ocorreram na velocidade que esperávamos", disse o presidente da entidade, José Carlos Martins, a jornalistas. Com o ritmo abaixo do esperado, os construtores listam atrasos na execução de obras públicas, atraso de pagamentos pelo governo, legislação ambiental confusa, elevado rigor nas leis trabalhistas e excesso de burocracia. "Há um entrave nas obras públicas", disse Martins. Entre os programas com problemas, segundo ele, está o habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV). A meta do governo federal de construir 2,75 milhões de unidades da fase 2 do MCMV está sendo cumprida sem a fase 3 entrar em vigor, deixando empresas ociosas e sem margem de contratação, afirmou. Para evitar paralisação de negócios e demissão de operários, a CBIC pedirá ao presidente eleito em outubro o aumente de cerca de 350 mil unidades na meta da fase 2 do programa, ampliando o prazo até meados de 2015 para as construtoras terem margem de operacional até que o governo federal decida sobre a fase 3. "Queremos uma sinalização de que o programa continuará por mais seis meses", disse. Sem garantia de continuidade da contratação do MCMV e com obras públicas em atraso, a CBIC vai esperar o desempenho do segundo semestre para fazer projeções para 2015. (Por Luciana Otoni)
(Publicado também:O Globo Online; EXAME; Agência Estado; Extra Onilne; UOL Notícias; Terra – Notícias) |
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