AGÊNCIA CBIC
Ieda Vasconcelos explica, em live, diferenças entre os indicadores da construção
Na Live CBIC Economia desta sexta-feira (19/11), transmitida pelo Instagram da CBIC, a economista da Câmara Brasileira da Indústrias da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, esclareceu dúvidas sobre os indicadores econômicos, em razão do cenário de inflação e de custos da construção elevados.
“Os indicadores refletem o que se propõem a calcular e não há um indicador melhor do que o outro”, salientou Vasconcelos.
Didaticamente, a economista esclareceu que não há diferença na metodologia de cálculo entre a composição do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), ambos da Fundação Getulio Vargas (FGV). O que há é uma diferença de período na coleta de informações:
- IGPD-I reflete o valor corrente de cada mês (coleta de 1 a 30 de cada mês)
- IGP-M reflete 10 dias da inflação do mês anterior (coleta do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês corrente)
Segundo Vasconcelos, o IGP-M neste ano está superior aos outros indicadores de inflação em razão da sua composição, que reflete a interferência de commodities.
Para utilizar bem os indicadores, a economista recomenda saber a composição de cada um deles, se efetivamente atende à demanda do que se quer reajustar e qual data precisa ter o indicador disponível.
Também esclareceu a diferença entre os índices de preços ao consumidor – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que é o peso de cada item (alimentação, educação, habitação, transporte e lazer) dentro da família.
Assim como a distinção entre o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) e o Custo Unitário Básico (CUB).
O INCC é calculado em oito capitais – Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e São Paulo – e avalia os custos dos materiais, equipamentos, serviços e mão de obra. Já o CUB avalia os custos dos materiais, aluguel de equipamentos e mão de obra em todos os estados da federação.
Inflação e câmbio
Sobre a inflação, Vasconcelos reforçou que ela deve encerrar o ano em torno de 10%, portanto acima da meta inflacionária prevista, em razão do aumento dos itens combustível, energia elétrica e alimentação.
Comentou também sobre o aumento do dólar.
A ação integra o projeto ‘Banco de Dados da Construção – BDC’, realizado pela CBIC em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).