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AGÊNCIA CBIC

05/12/2012

Emprego cresce menos na construção civil

"Cbic"
05/12/2012

Valor Econômico/BR

Emprego cresce menos na construção civil

 Com a economia crescendo aquém do desejado, a criação de emprego com carteira assinada na construção civil cresceu menos e foi sustentada pelas obras de infraestrutura, principalmente, públicas. Em 2012, até outubro, foram criados 204 mil novos empregos formais no setor de construção, um número 18% menor do que as 249 mil novas vagas abertas em igual período de 2011. No setor de infraestrutura, contudo, foram abertas 100 mil novas vagas com carteira assinada este ano, número 9,5% maior que nos primeiros 10 meses do ano passado. No setor de edificações, agora beneficiado pelas medidas do governo, as novas admissões foram mais fracas: 49 mil este ano ante 86 mil em 2011, sempre até outubro.
 Esses dados fazem parte de levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pedido do Valor , com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Considerando apenas outubro, o levantamento da CNI aponta que os três subsetores – o levantamento também considera o segmento de serviços especializados para construção – apresentaram redução na quantidade de vagas abertas em relação a igual período de 2011. Na construção de edifícios, foram fechadas 5,2 mil vagas, enquanto o saldo foi positivo em 2,8 mil novas contratações em igual mês de 2011. Nas obras de infraestrutura, houve perda líquida de 4,2 mil empregos ante a criação líquida de 4,6 mil postos de trabalho em outubro do ano passado.
 O Distrito Federal é uma das regiões que mais sofrem com a forte desaceleração do emprego no setor. Somente em outubro, o saldo entre admitidos e demitidos foi negativo em 1.341 vagas. Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Luiz Carlos Botelho Ferreira, os investimentos em Brasília estão concentrados nas obras do Estádio Mané Garrincha, que sediará jogos da Copa do Mundo de 2014.
 Segundo Ferreira, houve acomodação do investimento privado. Em 2011, foram lançados 86 empreendimentos de incorporação. Neste ano, esse número não passa de 25. Esse cenário negativo compôs o pano de fundo para as negociações com o governo para a desoneração da folha de pagamento e da linha de crédito especial subsidiada para viabilizar a aceleração dos investimentos. Na reunião com o o Ministério da Fazenda, os empresários argumentaram que o elevado nível de endividamento das companhias em relação ao patrimônio estava impedindo uma aceleração dos investimentos.
 O gerente-executivo de relações do trabalho da CNI, Emerson Casali, disse que o alto custo da mão de obra tem jogado contra o investimento, que é essencial para o aumento do emprego. As empresas estão receosas em investir, porque o custo da mão de obra subiu muito. A desoneração da folha, segundo ele, pode amenizar o problema.
 Os financiamentos imobiliários mostram baixo ritmo de expansão, o que também sinaliza que o investimento não está crescendo. Nos primeiros nove meses do ano, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários somaram R$ 58,6 bilhões, o que representa estabilidade em relação a 2011 (-0,4%).
 Sobre o mercado de trabalho como um todo, o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Corseuil, acredita que a recuperação será mais consistente apenas no segundo semestre de 2013, quando estará mais clara como será a retomada do crescimento econômico do país.

 

 
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