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AGÊNCIA CBIC

27/02/2012

Descaso no acabamento

"Cbic"
27/02/2012 :: Edição 275

 

Correio Braziliense/BR 26/02/2012
 

Descaso no acabamento

Além de sofrer com atrasos, os clientes de construtoras, não raro, recebem os imóveis em péssimas condições de acabamento. O engenheiro Henrique Alves, 48 anos, que o diga. Ele adquiriu um apartamento em Curitiba em agosto de 2011 por R$ 400 mil com o objetivo de alugá-lo. À época da compra, o processo já estava atrasado quatro meses. Mesmo assim, a construtora prometeu que o imóvel seria entregue em 45 dias. Os moradores, no entanto, só receberam as chaves 90 dias depois e tiveram outra surpresa. "Os salões de festa e as quadras de esporte vieram sem nenhum acabamento. A textura das fachadas estava malfeita e não correspondia ao prometido", lembra Henrique.
 Revoltados, os moradores se organizaram e decidiram não pagar a taxa de condomínio até que a empresa termine as obras e refaça toda a fachada dos três blocos. Contratada para fazer a construção, a Gafisa atribui o atraso ao período de chuva "acima da média" dos anos anteriores e à escassez de mão de obra e falta de matéria-prima. Mas diz também que não é responsável pelo acabamento. Já a incorporadora Incons joga a responsabilidade no colo da Rezende Empreendimentos Imobiliários, que, por sua vez, não se manifesta sobre o assunto.
 
 Perspectivas  
 
 No que depender do dinamismo da economia brasileira, o descaso das empresas não vai acabar tão cedo. A expectativa é de que nem a forte valorização dos imóveis nos últimos três anos nem a crise internacional serão capazes de dar um tranco no mercado imobiliário em 2012. A Cbic projeta que uma montanha de R$ 160 bilhões será oferecida em linhas de financiamento para o setor este ano para financiar 1,6 milhão de moradias no país.
 Octavio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança (Abecip), ressalta que, mesmo com um avanço tão expressivo na concessão de empréstimos nos últimos anos, o setor aposta na expansão. "No ano passado, a relação entre o crédito habitacional e o PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país) fechou em 4,9%. Em países europeus e nos EUA, são próximos de 100%", observa. Ele estima que, em 2014, esse índice chegará a 10% no Brasil.
 Enquanto isso, as reclamações contra as construtoras devem aumentar. Só no Procon de São Paulo, o número de queixas contra empresas do ramo saltou 115% entre 2009 e 2011 – de 2.026 para 4.357. Em 2010, foram 3.785 registros. No caso de descumprimento de prazos, Paulo Arthur Góes, diretor executivo do Procon-SP, orienta os consumidores a buscar na Justiça a reparação tanto de ordem material quanto moral. "É importante que o consumidor guarde toda a documentação desde o início da transação, dos prospectos de publicidade e contratos aos comprovantes de pagamento", orienta. (CB)


"Cbic"

 

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