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AGÊNCIA CBIC

24/04/2015

Crise leva construtoras a demitir 51 por dia em BH

"Cbic"
24/05/2015

Hoje em Dia – Online | Economia | MG

Crise leva construtoras a demitir 51 por dia em BH

Frederico Haikal/Hoje em Dia Cenário adverso na economia brasileira reflete na construção civil em BH

O arrefecimento da economia nacional atingiu o mercado de trabalho na construção civil em Belo Horizonte, e as perspectivas são de deterioração do cenário já adverso. De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil em Belo Horizonte e Região (Marreta), as dispensas de trabalhadores na Capital, em março, deram um salto de 41,8% na comparação com fevereiro, impactando 1.589 operários.

Em relação a março do ano passado, quando no mês haviam sido contabilizados 1.209 cortes, as demissões aumentaram 31,4%. No primeiro trimestre de 2015, as homologações registradas junto ao sindicato somam 3.859 ante 3.674 de igual intervalo do ano passado, uma elevação de 5%.

"As construtoras alegam redução das vendas para diminuir o ritmo das obras, o que exige um número menor de trabalhadores. Muitas vezes esses apartamentos são comercializados na planta e a empresa pode acompanhar como estão sendo as vendas. Acho que é o impacto da crise na economia que chegou forte", disse o diretor do sindicato, Éder Pereira Silva.

Caged

Os dados divulgados nesta quinta-feira (23) do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que a construção civil foi o setor que mais fechou vagas em Minas Gerais em março. O saldo entre as contratações e as dispensas foi negativo em 3.888 postos de trabalho. Em Belo Horizonte, no primeiro trimestre, o saldo é negativo para o setor em 1.238 vagas.

Os últimos levantamentos realizados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) já apontavam para uma redução da velocidade de vendas de imóveis em Belo Horizonte desde 2014. Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas da UFMG (Ipead) revela que desde novembro a oferta de apartamentos tem variação negativa na Capital.

"Há um cenário que se desenha no horizonte que não é nada bom, e reflete o momento da economia no país. Em Belo Horizonte, porém, essa situação desfavorável se antecipou e já é realidade. O ambiente pior tem ligação com a iminência de uma nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, que vai restringir muito o mercado, que já não está muito demandante", afirmou o vice-presidente de Política, Relações de Trabalho e Recursos Humanos do Sinduscon-MG, Walter Bernardes de Castro.

A nova Lei de Uso e Ocupação do Solo prevê um menor coeficiente de aproveitamento em Belo Horizonte, o que significa construir menos na mesma área. Haverá também o desconto de vagas extras de garagem no potencial construtivo dos empreendimentos.

Bernardes ainda observou que as condições de financiamento também estão no radar de preocupações da construção civil. A Caixa, banco que detém 70% do mercado de financiamento imobiliário do país, aumentou duas vezes este ano as taxas de juros do empréstimo para a compra de imóveis. O último aumento, de 0,3 ponto percentual, está em vigência desde o último dia 13 e vale para contratos com recursos da poupança (SBPE) no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

O saldo total do emprego com carteira em Minas, em março, foi de -3.469 vagas. Desde o início da série, em 2003, é o primeiro março negativo já registrado pelo Ministério do Trabalho e Emprego    
 

 



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