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AGÊNCIA CBIC

17/04/2012

Crescer 4,5% em 2012 será tarefa árdua para a Fazenda

"Cbic"
17/04/2012 :: Edição 299

 

Brasil Econômico/BR 17/04/2012
 

Crescer 4,5% em 2012 será tarefa árdua para a Fazenda

IBC-Br, do BC, colocou em xeque as ações do governo federal para lidar com o desaquecimento da economia

 Mal começou o ano, e o Ministério da Fazenda já está sendo obrigado a constatar o que muitos economistas já alarmavam – e que os deu um ar de "eu já sabia" durante toda a segunda feira: fazer o Brasil crescer 4,5% será das tarefas mais árduas que a equipe chefiada por Guido Mantega terá neste ano.
 Ontem o Banco Central (BC) divulgou seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia mensal do Produto Interno Bruto, o qual apontou retração em fevereiro. No segundo mês de 2012, a queda foi de 0,23% na comparação com janeiro. O indicador veio acompanhado pelo sinal negativo em ambos os períodos, fato que está inviabilizando a conta proposta pela Fazenda.
 O IBC-Br-divulgado um dia antes do início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – confirmou os dados ruins que se alternaram entre janeiro e fevereiro de produção industrial e vendas no varejo, os principais componentes da prévia do Banco Central sobre os rumos da economia.
 O entendimento agora é de que, caso a atividade econômica não mostre recuperação em março, o primeiro trimestre de 2012 será mais um a integrar a lista de períodos perdidos iniciada a partir do terceiro trimestre de 2011. "A desaceleração ainda é muito forte. No final das contas, o cenário do Banco Central se confirmou de forma muito mais contundente do que se previa", afirma o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Guilherme Perfeito.
 Os dados do IBC-Br acendem a luz amarela na Fazenda e colocam em xeque os instrumentos da equipe econômica para lidar com o desaquecimento. "As medidas para estimular a indústria e o crescimento não estão tendo efeito significativo", afirma Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências.
 Nas últimas semanas, o governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, anunciou medidas de desoneração de diversos setores produtivos, articulou uma baixa dos juros partindo dos bancos estatais e tenta promover o crescimento da renda por meio do aumento acima da inflação do salário mínimo nos próximos três anos. Com tanto movimento, por parte do governo, algumas pesquisas subjetivas têm indicado melhora da confiança de industriais e varejistas, o que está sendo absorvido por importantes setores produtivos da economia.
 Segundo Sérgio Leme, presidente da Dedini – Indústria de Base, o ano se apresenta melhor que o anterior. "Temos visto um movimento maior, com mais consultas por nossos produtos. Temos feitos mais orçamentos, participado de mais processos. Mas, de qualquer maneira, isso ainda não se reverteu em receitas", explica.
 Jorge Ramos, presidente da Sociedade Internacional de Automação (ISA, na sigla em inglês), afirma que os industriais acreditam no discurso da retomada econômica no segundo semestre, a qual ainda está na promessa. "O setor está voltando a planejar investimentos, mas nada está acontecendo de concreto. Os empresários precisam de uma segurança maior. Precisam saber que o governo, pelo menos, não irá atrapalhar", diz.
 Também otimista, Marcelo Prado, presidente do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), acredita na aceleração prometida e na recuperação das perdas do último ano. "Nossas primeiras posições trazem algo positivo, que podemos ter um processo de retomada. O que já conseguimos não é grande coisa, mas pode nos ajudar a recuperar o que perdemos em 2011. De qualquer forma, muitos setores continuarão abaixo do nível de 2010."
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 Índice do Banco Central que antecipa a movimentação do PIB apontou retração de 0,23% na economia no mês de fevereiro
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 "O setor está voltando a planejar investimentos, mas nada acontece de concreto. É preciso uma segurança maior" – Jorge Ramos – Presidente da Sociedade Internacional de Automação
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 "Temos recebido mais consultas e feito mais orçamentos. Mas isso ainda não se reverteu em receitas para a empresa" – Sérgio Leme – Presidente da Dedini- Indústria de Base
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 "Pode ter uma retomada. O que conseguimos não é grande coisa, mas pode ajudar a recuperar o que perdemos em 2011" – Marcelo Prado – Presidente do Instituto de Estudos e Marketing Industrial

"Cbic"

 

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