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AGÊNCIA CBIC

02/03/2011

Construção sustentável

 

02/03/2011 :: Edição 049

Jornal Brasil Econômico/BR   |   02/03/2011

construção sustentável

Cláudio Conz Presidente da Anamaco

Muito se fala sobre sustentabilidade. Mas será que é
possível conseguirmos construir sustentavelmente? Até meados da década
de 1970, pouco se falava sobre o assunto. Coma chegada da primeira crise
do petróleo, em 1973, os países do Oriente Médio elevaram o preço do
barril, o que fez com que as grandes potências parassem para pensar em
fontes alternativas de energia. A questão da eficiência energética
tornou-se pauta das principais economias e entre seus desdobramentos o
aquecimento, iluminação, refrigeração e funcionamento em geral dos
prédios ganharam destaque.

Assuntos sobre como gerir resíduos, economizar água,
o uso racional de materiais e as fontes de energia renováveis começaram
a fazer parte dos temas ligados à indústria da construção civil.
E ideias simples podem economizar milhões para os construtores. Uma
delas é a questão do uso racional da água nos edifícios. Estudos
recentes demonstram que 35% da água de uma casa se esvai pela bacia em
descargas sanitárias.

A cidade de Nova York foi a primeira a ter a
dimensão do problema. E, para evitar despesas abundantes relacionadas à
expansão de infraestrutura para o tratamento e fornecimento de água, a
metrópole desenvolveu umprograma de incentivo à substituição dos vasos
sanitários tradicionais – o TRP (New York Toilet Rebate Program). O
programa trocou 1 milhão de bacias gratuitamente para a população nova
iorquina e gerou economia de 30% no consumo de água e de 35% nos custos
atrelados ao tratamento de esgoto.

No Brasil, os quase 50 milhões de imóveis existentes
desperdiçam cerca de 575 milhões de m³ de água por mês em descargas
sanitárias. Um levantamento realizado pela Anamaco indica que o nosso
país precisa trocar aproximadamente 100 milhões de bacias sanitárias nos
domicílios e edifícios. São produtos antigos que gastam cinco vezes
mais água do que os encontrados hoje no mercado.

Numa residência com quatro pessoas, a descarga
sanitária é acionada, em média, 16 vezes ao dia. Se em cada descarga
gastamos o equivalente a 30 litros, o total do consumo diário atinge a
faixa de 480 litros, enquanto o mensal, 14.400 litros.

Quando é feita a substituição por produtos com nova
tecnologia, que utilizam 6 litros por descarga, o consumo é de 2.880
litros/mês.

Essa conta revela uma economia de 11.520 litros por
mês, o que representa na prática uma redução de 80% no consumo. Podemos
começar a construção sustentável por aí.

Como membro do CDES, quero aprofundar este tema para
que ele seja parte do programa de sustentabilidade do governo em
relação aos prédios públicos.

Um programa de uso racional de água nas escolas
federais diminuiria os custos, além de contribuir para disseminar a
cultura de que a água é um bem da humanidade. Não se pode permitir o
desperdício.


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