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AGÊNCIA CBIC

12/08/2014

Construção civil leva 38% da produção

"Cbic"
12/08/2014

Valor OnLine

Construção civil leva 38% da produção

Centro Empresarial Senado, no Rio de Janeiro: projeto da WTorre Engenharia, que utiliza o aço em sua construção

Principal cliente da carteira das siderúrgicas brasileiras, com uma demanda equivalente a 38% do aço produzido nacionalmente, a construção civil aposta cada vez mais na utilização do metal em suas vigas, pilares, coberturas, lajes e fundações de prédios comerciais e residenciais. Maior rigidez na comparação com as convencionais estruturas de concreto armado, menor desperdício de matéria-prima e geração de detritos, menor consumo de energia e água são algumas das explicações para o a popularidade do insumo. Novas soluções e processos construtivos que apostam no metal também explicam por que ele se torna cada vez mais popular nos canteiros de obras.

Uma das principais novidades que ganharam fôlego no mercado brasileiro, especialmente a partir da última década, é a da construção em aço, que aposta no uso do metal da fundação às estruturas da edificação. O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), entidade que promove a "construção metálica" no Brasil, estima que essas estruturas já ocupem de 14% a 15% do mercado de construção civil.

A solução mais comum encontrada no mercado é a mista – estrutura metálica revestida de concreto. "Este é um grande mercado e onde o aço tem apresentado uma aplicação maior, principalmente no segmento comercial. A vantagem é que a solução reduz o uso de concreto, oferecendo ganho em agilidade na obra", explica Fernando Matos, gerente-executivo do CBCA, que é ligado ao Instituto Aço Brasil.

A construção em aço vem ao encontro com um movimento das construtoras em adotar sistemas industrializados – a chamada "construção seca" -, que proporcionam maior agilidade na execução e entrega da obra e maiores ganhos de produtividade. Um dos pilares dessa estratégia é que os fabricantes apostam cada vez mais em soluções "tailor made" para os clientes, com a entrega de estruturas pré-moldadas, que chegam praticamente prontas da fábrica para montagem no canteiro de obras, seguindo o cronograma de execução. O CBCA estima que a solução metálica reduz em até 30% os custos das fundações, uma das etapas mais importantes de uma edificação. Quando comparada com o sistema convencional de construção, de concreto armado, a utilização de estruturas em aço pode proporcionar ganhos de até 40% no tempo de execução da obra, dependendo do projeto.

As soluções e os sistemas construtivos em aço que ganham cada vez mais espaço no mercado incluem estruturas metálicas pré-moldadas, as pré-moldadas em concreto, o steel deck (que são lajes mistas de aço galvanizado e concreto bastante utilizadas em edifícios comerciais) e o light steel framing, que utiliza perfis formados a frio de aço galvanizado como elementos estruturais da edificação.

As siderúrgicas, por sua vez, ampliam a oferta de aço tanto para as construções metálicas quanto para novas aplicações nas edificações que ainda apostam na construção convencional. Com isso, as siderúrgicas se aproximam das construtoras. O diretor-executivo da Gerdau Aços Brasil, Paulo Ricardo Tomazelli, entende que a utilização de aço proporciona grande vantagem nos processos construtivos industrializados por tratar-se de um produto que pode ser fornecido pronto para uso.

"Produtos como perfis estruturais, aço cortado e dobrado, telas para parede de concreto, colunas prontas, entre outros, proporcionam maior produtividade e reduções de custos diretos e indiretos na comparação com soluções como o concreto armado, que passa por processos adicionais que demandam tempo e maior emprego de mão de obra", afirma o executivo.

A ArcelorMittal aposta na substituição do processo de entrega do aço para ser cortado e dobrado na obra pelas chamadas armaduras prontas – estruturas como vigas, pilares e elementos de contenção que já chegam montadas no canteiro para serem colocadas na forma e concretadas, proporcionando maior agilidade à construtora. Para isso, a política comercial da empresa teve que ser alterada, no intuito de lidar diretamente com o cliente, sem intermediários.

Essa "mudança de concepção", nas palavras do gerente-geral de Vendas da ArcelorMittal Aços Longos Brasil, Homero Storino, passou pela seleção de 26 credenciados pelo país, que analisam o projeto, recebem o aço in natura da ArcelorMittal, o transformam e entregam para as construtoras com um prazo de 7 a 10 dias, just in time, conforme a evolução da obra. "O foco da construtora é ganhar dinheiro com o imóvel e quanto mais eu puder entrar em seu negócio, oferecendo tecnologia, velocidade e um custo menor ou pelo menos empatado, maior é o valor para ela", afirma Storino.

"Este avanço na industrialização da construção civil puxou toda a cadeia para o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções", defende Rinaldo Machado de Almeida, diretor-executivo de vendas da Usiminas. A siderúrgica ganhou impulso para atender às demandas do segmento ao inaugurar a segunda linha de aços galvanizados por imersão a quente, que ampliou a capacidade de aço revestido, por este processo, para mais de 1 milhão de toneladas/ano.

"Com a nova linha podemos fabricar produtos inovadores também para a construção civil, atendendo a novos mercados dentro do segmento, principalmente nas demandas de produtos com espessura mais elevada e de alta resistência. Um exemplo é o mercado de perfis estruturais, que passou a ser um importante foco para nós, uma vez que este mercado vem substituindo produtos perfilados a partir de bobinas a quente para produtos galvanizados", afirma.

 


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