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AGÊNCIA CBIC

07/05/2015

BB também eleva juros na compra da casa própria

Taxa máxima do financiamento passa de 9,9% para 10,4% ao ano. Entrada permanece em 20% do valor do imóvel.

Depois da Caixa Econômica Federal, é a vez de o Banco do Brasil (BB) deixar mais caro o financiamento para a compra da casa própria. A partir do próximo dia 18, a taxa de juros máxima será elevada de 9,9% ao ano mais a TR para 10,4% ao ano mais a variação da TR. A entrada mínima foi mantida em 20%, enquanto o prazo máximo de financiamento passou de 360 meses (30 anos) para 420 meses (35 anos).

Segundo o BB, a mudança se deve ao aumento nos custos de captação. E o banco ressaltou que os 10,4% se referem à taxa máxima e que o cliente, conforme seu relacionamento com a instituição, pode conseguir taxas mais atraentes nas operações pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) – em que o valor do imóvel está limitado a R$ 750 mil nos grandes centros, como São Paulo e Rio, e a fonte de recursos é, basicamente, a caderneta de poupança.

Também houve elevação, na mesma proporção, para os financiamentos feitos dentro da carteira hipotecária, que incluem imóveis entre R$ 750 mil e R$ 10 milhões. Para as demais linhas, as taxas, por enquanto, foram mantidas, assim como a entrada mínima de 10%. As aquisições com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que incluem imóveis de até R$ 190 mil, estão com juros de até 8,47% ao ano mais a variação da TR. Para o programa Minha Casa Minha

Vida, a taxa máxima continua em 7,4% ao ano mais a TR. Outra modalidade que não foi alterada pelo BB é a chamada pró-cotista, aquela em que o trabalhador possui uma conta do FGTS há mais de três anos e quer financiar um imóvel de até R$ 750 mil. Nesse caso, a taxa é de 9% ao ano mais a TR.

MOVIMENTO JÁ ERA ESPERADO

O anúncio do BB ocorre quase duas semanas depois de o principal agente de financiamento imobiliário, a Caixa, alterar as regras para esse tipo de operação. Após duas elevações de juros em 2015, o banco reduziu de 80% para 50% o limite de financiamento de imóveis dentro do SFH. No Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o limite caiu de 70% para 40%.

Na avaliação de Mauro Calil, consultor do Banco Ouroinvest, as mudanças feitas pela Caixa abriram espaço para os demais bancos reajustarem suas taxas. Isso porque essas instituições terão uma demanda maior de consumidores, que não possuem os 50% de entrada exigidos pela Caixa.

– Já era de se esperar que outros bancos aumentassem os juros, pois a concorrência para esse público ficou menor – explica.

O conselho do especialista é tentar dar a maior entrada possível, reduzindo, assim, o tamanho do financiamento e, consequentemente, o total de juros pagos. Outra dica é negociar um desconto com o vendedor, já que o mercado deve ficar ainda mais desaquecidoFolha.com | Minha (ex)Casa Minha Vida

O Brasil tem um déficit habitacional estimado em 5,2 milhões de residências. Isso inclui moradores de favelas, pessoas que dividem precariamente casas com parentes e sem-tetos.

Com o envelhecimento da população, com mais gente casando e tendo filhos, o número deve saltar a 20 milhões daqui a dez anos, segundo estimativa da Fundação Getúlio Vargas.

Agora pipocam em todo o país notícias sobre atrasos nos desembolsos dos pagamentos do Minha Casa Minha Vida. A situação é mais grave no Nordeste, onde várias construtoras paralisaram suas atividades por falta de repasses da Caixa Econômica Federal.

Criado durante o governo Lula, a crise do MCMV é mais uma das heranças malditas deixadas pelo governo Dilma 1.

Até os problemas atuais, o programa era visto como uma história de sucesso, com cerca de 2,7 milhões de unidades construídas em suas versões 1 e 2. A terceira fase, sob Dilma, ainda não saiu do papel.

A Caixa também acaba de anunciar a redução do teto de financiamento para imóveis usados. Caiu de 80% do valor do imóvel para, no máximo, 50%. O crédito da Caixa é uma das principais portas de entrada para quem compra uma casa.

Com a elevação da taxa básica de juros (a Selic) e o descontrole da inflação, também está cada vez mais difícil, em qualquer faixa de preço ou renda, financiar a compra de um teto.

Os números gerais do setor mostram uma crise aguda. Entre 2013 e 2014, o setor imobiliário vendeu, em valores, cerca de 40% menos, deixando mais gente longe do sonho da casa própria.

Em termos de emprego, a construção demitiu 300 mil trabalhadores formais (de um total de 3,3 milhões) nos últimos seis meses, inaugurando a primeira retração na área em 12 anos.

A retração econômica atual é ruim para todo mundo. Mas é pior para quem ainda não tem onde morar direito. E para os que vivem de trabalho pouco qualificado, como na construção, o que é a regra no Brasil./O Globo

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