91º ENIC: Rodrigo Maia defende desburocratização e corte de gastos

Rio de Janeiro, 17/05/2019 - ENIC 2019 - Painel Geral Político - A Indústria da Construção e sua contribuição ao novo momento econômico brasileiro - Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados, Paulo Guedes, Ministro da Economia e Jsé Carlos Martins, Presidente do CBIC. Foto: Fernando Maia/Divulgação

Encerrando a programação de painéis do 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), no Rio de Janeiro, o presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, foi um dos convidados para debate sobre contribuição do setor para a economia nacional. Após a participação do ministro de Economia, Paulo Guedes, Maia discursou sobre a importância de implementar medidas urgentes para a retomada do crescimento no país, como a desburocratização e o ajuste fiscal.

Maia ressaltou a necessidade de recuperar investimentos para aumentar a expectativa do setor produtivo. “Os poucos recursos que o governo tem hoje, são consumidos pelas despesas obrigatórias. É essencial que seja feita uma reorganização das contas públicas para poder investir e atrair capital, especialmente o estrangeiro”, pontuou.

Além do corte de gastos, o presidente da Câmara dos Deputados também defendeu a simplificação de normas e processos burocráticos para destravar a economia. “A burocracia não existe porque somos incompetentes para mudar as leis. Existe porque garante a estrutura de poder para muitas pessoas no Brasil”, afirmou.

Para Maia, a reforma previdenciária é fundamental, mas é necessário implementar essas medidas a curto prazo. “Estamos caminhando para um aumento do desemprego e da pobreza, então temos que pensar também em políticas para implementar agora”, enfatizou.

O painel contou, ainda, com a presença do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que endossou os pontos levantados por Maia. “Vejo três questões essenciais no momento que vivemos hoje. Precisamos ter confiança no nosso país, previsibilidade, e segurança jurídica”, resumiu.

Ribeiro também destacou a importância de valorizar programas como o Minha Casa Minha Vida para gerar emprego e renda. “Ele não é apenas um programa de governo, é um programa de estado e de política habitacional. Temos que procurar melhorar esse plano cada vez mais”, disse.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, mediou o debate. Ele reiterou o apoio da entidade à reforma da Previdência e abordou propostas para o crescimento econômico defendidas pelo setor. “Uma das nossas demandas é o apoio do governo federal para que as prefeituras façam parcerias público-privadas de concessão”, comentou.

Promovido pela CBIC, o evento é uma correalização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).