Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

25/04/2011

Trabalhador dá lugar a maquinário na construção

 

 
25/04/2011 :: Edição 083

Jornal O Estado de S.Paulo/BR – 24/04/2011
trabalhador dá lugar a maquinário na construção

Alegando falta de mão de obra qualificada para canteiros de obra, empresas
dos setor investem mais na industrialização do processo

Tercio Costa Feitosa

EMPRESÁRIO, PRESIDENTE DA CONSTRUTORA COSTA FEITOSA

"Quem é pedreiro, não ensina mais a profissão ao filho. Não há
renovação, e o profissional passou a ser muito disputado. Lançamos mão de obras
pré-engenhadas para romper com essa situação."

A falta de mão de obra qualificada para trabalhar em canteiros de obras tem
sido mais um fator a estimular o aumento do nível de industrialização da  construção civil no País.

Neste ano , segundo estimativa do Sindicato da Construção (SindusCon-SP),
devem ser contratados entre 150 mil e 200 mil trabalhadores para obras no
Brasil. Apesar de ser mais baixo do que o saldo de contratados no ano passado,
quando o setor cresceu 14% e admitiu 250 mil pessoas, a escassez de
trabalhadores para cinco funções essenciais tira o sono dos empreiteiros.

Os postos com maior carência são justamente os que demandam maior número de
mão de obra: pedreiros, armadores , gesseiros , carpinteiros e pintores. O piso
salarial mínimo das funções é de R$ 829,40 e o cargo não exige
pré-qualificação.

"O pedreiro não ensina mais a profissão ao filho. Não há renovação de
estoque, e o profissional disponível passou a ser muito disputado?, diz o
empresário Tercio Costa Feitosa, diretor-presidente da construtora Costa
Feitosa, especializada em projetos industriais.

O SindusCon-SP confirma. Para o vice-presidente de Relações do Trabalho da
instituição, Haru Ishikawa, é preciso "uma política nacional de
qualificação".

"O Nordeste, que era o grande celeiro desse tipo de mão de obra,
tornou-se tomador e não mais doador de profissionais", diz Feitosa. Ele
exemplifica dizendo que, para uma obra que está desenvolvendo em Araraquara, no
interior de São Paulo, foi preciso treinar os trabalhadores rurais porque os
empregados da capital não querem mais se "acanteirar". "Antes, a
mão de obra para construção era farta e informal. Tornou-se escassa e
cara."

O efeito indireto é o aumento do maquinário nas construções. Uma laje antes
içada por dez pedreiros é erguida por um guindaste. Em vez de pintor, máquinas
que distribuem a tinta e pilares pré-moldados dão lugar a caminhões de insumos.
O método permite reduzir pela metade o custo com pessoal e em até 30% o custo
total da obra.

Engenheiros . Se faltam trabalhadores com menor formação, trabalhadores com
graduação também devem se tornar pedra no sapato do setor. Estudo divulgado
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea) em março indica que,
"o mercado de trabalho tenderá a requerer, em 2020, o dobro da proporção
de engenheiros hoje ocupada. Tal situação representa um potencial
gargalo".

Sondagem feita no início deste ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com empresários da construção
civil
apontou que a falta de trabalhador qualificado é o principal
problema enfrentado hoje pelo setor. No levantamento, 68,4% dos consultados
citaram o problema – há seis meses o índice era de 62%. A situação, de acordo
com a CNI, é com uma todos os portes, mas pior entre as grandes empresas.
"Com trabalhadores sem formação, o custo da obra aumenta, tanto pela
necessidade de qualificação como pelo prejuízo em produtividade", diz
Ishikawa.


 

"banner"   "banner"   "banner"   "banner"  

 

"Cbic"
COMPARTILHE!

Março/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
ASEOPP
Aconvap
Ademi – AL
SECOVI- PB
Sicepot-PR
Sinduscon-AM
SECONCI BRASIL
ADEMI-AM
Sinduscon-PR
Sinduscon-PA
Sinduscon Sul – MT
ANEOR
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea