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AGÊNCIA CBIC

23/03/2015

Sinduscon vê com preocupação a crise pela qual passa o setor no MA

"Cbic"
23/03/2015

O Estado do Maranhão – 22 de março de 2015

Sinduscon vê com preocupação a crise pela qual passa o setor no MA

Para presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do estado, o desemprego é reflexo dessa crise, que está impondo prejuízos 

 O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA), Fábio Nahuz, afirmou que vê com grande preocupação o atual momento de crise pelo qual está passando a construção civil no Maranhão e no país. Além dos prejuízos financeiros para as empresas, outra consequência é a perda de postos de trabalho   foram 1.399 em janeiro e 1.708 em fevereiro deste ano só no estado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), totalizando 3.107 operários a menos nos canteiros de obras em apenas dois meses deste ano. E a quantidade deve aumentar ainda mais, segundo Nahuz.

A crise no segmento da construção civil tem como um dos motivos principais o atraso no pagamento de contratos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)   faixa 1 pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do Governo Federal. Cerca de 50 empresas só no Maranhão foram contratadas pelo programa e grande parte delas têm pagamentos atrasados, o que vem gerando prejuízos e a saída tem sido demissões e outros cortes. São mais de R$ 50 milhões que o Governo Federal tem deixado de pagar para empresas maranhenses referentes a contratos do MCMV faixa 1. Os atrasos começaram em abril de 2014.

Em nota divulgada na última quinta-feira, 19, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) afirmou que discorda das declarações dadas pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, de que o desemprego na construção civil foi influenciado apenas pela operação Lava-Jato, que investiga desvio de dinheiro na Petrobras e teria afetado empreiteiras.

CBIC preocupada – O presidente da CBIC, José Carlos Martins, afirmou ontem que a entidade está também muito preocupada com o desemprego e o futuro das empresas. Ele citou como reais causas da crise na construção civil os atrasos no pagamento dos contratos do MCMV, há também problemas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o próprio momento econômico atual pelo qual passa o país.

Os números do Caged são reflexo da crise na construção civil, exclusivamente. Desde o ano passado, vemos, com a CBIC, cobrando a atualização do pagamento dos contratos ao Governo, que é feito por meio da Caixa e Banco do Brasil, mas sem muitos avanços. Os atrasos foram se acumulando e as empresas vinham tentando driblar o problema utilizando recursos próprios, mas chegamos a um ponto que não conseguimos mais segurar a situação, pois é difícil manter uma empresa funcionando sem um caixa equilibrado , afirmou Fábio Nahuz.

Além do atraso no pagamento, quando é feito o repasse, não há atualização dos valores, com pagamento de juros e outros encargos, o que gera mais prejuízos, pois as empresas têm que arcar com esse custo, aumentando ainda mais seus prejuízos.

O desemprego nos preocupa também, além da questão financeira das empresas. O problema vem atingindo a construção civil em todo o país e se arrasta desde o ano passado , ressaltou Nahuz.

Ele informou que os empresários já buscaram ajuda do Governo do Maranhão, do próprio sindicato dos trabalhadores e, com a CBIC, estão tentando mostrar ao Governo Federal como o atraso no pagamento dos contratos tem afetado o segmento e toda a sociedade.  Mês a mês o segmento vem demitindo, pois é a única saída que encontra para continuar sobrevivendo no mercado, já que fica sem ter como pagar os operários. Estamos abertos ao diálogo, buscando formas de resolver e garantir o emprego dos operários, mas o Governo Federal precisa fazer sua parte também , acrescentou Nahuz.

Construção Civil mantém nível de atividade modesto

Em janeiro, o nível de atividade da Construção Civil se manteve em baixa no Maranhão, indicando 33,6 pontos. A tendência de queda foi revelada pela Sondagem da Indústria da Construção do Maranhão, pesquisa elaborada mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), e resulta da redução do nível de atividade das médias e grandes empresas, que caiu 0,4 pontos, marcando 33,8 pontos.

De acordo com o estudo, em contrapartida, as pequenas empresas apresentaram aumento de 1,5 ponto, permanecendo com 32,1 pontos. O indicador varia de 0 a 100. Abaixo de 50 indica queda na atividade, 50, estabilidade, e acima de 50, aumento.

Em relação ao número de empregados, o indicador demonstrou uma pequena redução, comparando com o mês anterior, ocasionada pela queda do índice das médias e grandes empresas, cujo registro ficou em 32,5 pontos, e também pelo leve acréscimo no índice das pequenas empresas, que fechou em 39,3 pontos.

Na esfera regional, a pesquisa apontou que o nível de atividade nordestino continua em queda, registrando 36,6 pontos, enquanto no âmbito nacional o indicador do Brasil se mantém em baixa, marcando 36,9 pontos.

Já a utilização da capacidade operacional do Maranhão caiu 9% em janeiro, assinalando 52%. O índice nordestino acompanhou a tendência de queda, chegando a 60%, assim como o brasileiro, que fechou em 60%.

O índice referente aos novos empreendimentos caiu para 49,1 pontos, mas ainda apresentando estabilidade. Já o que se relaciona ao número de empregados marcou 46,1 pontos.

Segundo o estudo, esses números, no geral, começam a caracterizar pessimismo para os próximos seis meses no setor da construção civil.

A Sondagem da Construção Civil do Maranhão é elaborada mensalmente pela Fiema em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Participaram empresas construtoras de edifícios, empresas de serviços e de obras de infraestrutura, que foram pesquisadas no período de 2 a 12 de fevereiro de 2015.

Volume de produção inicia ano em queda no Maranhão, aponta Fiema

Nos cenários nacional e regional, o volume de produção apresentou leve melhora, mas ainda ficou abaixo do ideal, aponta estudo.

A Sondagem Industrial do Maranhão divulgada esta semana pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) apontou que o volume de produção das empresas industriais teve nova redução no mês de janeiro de 2015 em relação aos meses anteriores, ao marcar 39,9 pontos. A pesquisa foi realizada no período de 2 a 12 de fevereiro com empresas de diversos ramos industriais.

Segundo o estudo, o resultado deve-se à acentuada queda de 9,2 pontos da produção das empresas de pequeno porte, que em dezembro marcavam 49 pontos e em janeiro atingiram 39,8 pontos. Já as empresas de médio e grande porte mantiveram a média de produção e permaneceram no patamar de 40 pontos, o que representa volume de produção decrescente.

Nos cenários nacional e regional, o volume de produção tanto das empresas brasileiras quanto das nordestinas apresentou leve melhora, marcando 42,7 pontos e 46,3 pontos, respectivamente. No entanto, ainda caracterizando um volume abaixo do ideal.

No que tange a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) das empresas em janeiro, a Sondagem indicou que a UCI efetiva-usual voltou a cair para a casa dos 37,5 pontos, em consonância com o índice do número de empregados, que também caiu para 40,6 pontos. Dessa forma, constata-se crescimento nos estoques, tanto na evolução quanto no planejado, que apontaram 52,6 e 48,9 pontos em sequência.

Expectativa – Para os próximos seis meses, a expectativa dos empresários da indústria teve melhora nos indicadores. O mesmo ocorreu com o indicador da demanda esperada pelos produtos, que aumentou e ultrapassou a linha divisória dos 50 pontos, indicando uma retomada na confiança neste quesito.

Já os índices de número de empregados e de compra de matéria-prima, mesmo com a elevação apontada em janeiro, ainda denotam certo receio dos empresários maranhenses quanto o futuro próximo.

Mais 

 – A Sondagem Industrial é elaborada mensalmente pela Fiema em parceria com Confederação Nacional da Indústria, com indústrias dos segmentos de Alimentos, Vestuário, Couros, Derivados do petróleo, Biocombustíveis, Química, Limpeza e perfumaria, Plásticos, Minerais não metálicos, Metalurgia, Produtos de metal, Veículos automotores, Móveis, Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos.

– Para medir o volume de produção e a UCI, o indicador varia de 0 a 100. No volume de produção, quando o indicador fica abaixo de 50 sinaliza queda na produção e acima, aumento. Já na UCI, menor que 50, indica queda.

 


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