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AGÊNCIA CBIC

23/03/2015

Segmento se recupera

"Cbic"
23/03/2015

Diário de Cuiabá – 22 de março

Segmento se recupera

Mato Grosso fechou o mês de fevereiro de 2015 com saldo positivo no número de contratações nos canteiros de obras do Estado, segundo análise de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 4.747 admissões para 4.378 demissões, que um pelo outro, gerou saldo positivo de 369 postos de trabalho criados no período. O resultado, mesmo que ainda tímido, foi comemorado, pois o ano começou no vermelho com o segmento mais demitindo do que contratando.

O carpinteiro Clodoilton Leal dos Santos, de 36 anos, voltou a ter carteira assinada no mês de fevereiro. Ele festeja o retorno ao mercado formal depois de ficar seis meses desempregado. Passada a fase ruim, agora ele integra o canteiro de um empreendimento vertical de 30 andares na Avenida Beira Rio, em Cuiabá.  Cheguei de Terezina (PI), em 2006, num dia e no outro, já estava empregado. Na construção civil enquanto tem obra a gente tem emprego. Eu só saí do trabalho anterior porque a obra foi concluída, mas agora já estou de volta. Em Cuiabá, só fica desempregado mesmo quem não tem qualificação, um ofício de verdade, afirma ele que é casado e pai de uma criança de quatro anos de idade.

Mas o exemplo do trabalhador não é um caso isolado. Mato Grosso vive uma situação privilegiada na construção civil se comparada ao Centro-oeste, que apresentou variação de -0,53% no saldo de empregos, ou seja, segue o bimestre demitindo e não admitindo. O maior produtor de grãos e fibras do país foi o único que obteve saldo positivo na região: MS (-0,90%), GO (-0,61%) e DF (-1,19%). Foram 15.758 admissões e 17.042 demissões, com -1.284 vagas eliminadas.

Em meio à crise econômica que afeta a país   mais ainda as incertezas geradas -, a importância da performance de Mato Grosso pode ser aferida ao comparar esses números com os indicadores nacionais. Em fevereiro, a indústria da construção no país apresentou saldo negativo com variação de -0,85%, com a eliminação de 25.823 postos de trabalho. Contudo em relação aos últimos 13 meses (fevereiro/2014 a fevereiro/2015), Mato Grosso traz os reflexos de um ano morno (2014) para a construção civil local. Foram 69.486 demissões para 64.491 contratações e saldo de -8,58%, índice acima da média nacional (-6,81%), mas menor que a regional -11,98%.

Grande parte desse cenário flutuante reflete as obras de mobilidade para Copa de 2014, que teve em Cuiabá uma das sedes do Mundial da FIFA no Brasil.

RECUPERAÇÃO – Os dados do Caged também mostram uma recuperação do setor no Estado em fevereiro se comparado a janeiro de 2015 que havia fechado no vermelho, com saldo de -0,46%. Aquele mês fechou com um volume maior de demissões do que de admissões: foram contratados 4.563 trabalhadores no período ao passo que 4.808 foram desligados, deixando um saldo negativo de 245 vagas. Esse percentual foi maior que a média brasileira (0,32%) e a média regional   Centro-oeste, 0,40%. Até então, o pior mês de janeiro para o emprego na construção civil, no Estado, havia sido em 2009 com uma queda de -2,14% ou 641 postos a menos de trabalho.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon/MT), Cezário Siqueira, explica que o mês de janeiro de 2015, por exemplo, já não refletiu mais a movimentação da mesma época nos anos anteriores, ainda que nem todas as obras de mobilidade urbana tenham sido concluídas e obras de empreendimentos residenciais já tenham sido entregues.

Ele destaca que o mercado começa a ganhar fôlego somente agora: no fim do ano passado houve demissões geradas pelo atraso no pagamento das medições do programa Minha Casa Minha Vida as construtoras de Mato Grosso que atendem ao faixa 1 do programa, cujas famílias ganham até R$ 1,6 mil. Esse atraso, por sua vez, levou construtoras a atrasarem pagamentos de salários e 13º chegando a recorrer a empréstimos bancários para honrar compromissos.  As águas de março que fecham o verão trazem a perspectiva de aumento no número de contratações de trabalhadores, justamente pelo fim do período chuvoso. Há ainda a previsão da retomada de obras públicas pelo governo do Estado após a moratória de 100 dias, com suspensão dos contratos. Esse é um dos pontos da conversação do setor com a nova gestão: sugestões relacionadas às obras de reforma e de construção, de infraestrutura, certames competitivos, cumprimentos de prazos para entrega de obras, dentre outros temas , reforça o dirigente.

O presidente do Sinduscon-MT ressalta que a construção civil em Mato Grosso tem uma perspectiva mais otimista em relação ao restante do país.  O agronegócio é um vetor de crescimento e possibilita um reequilíbrio econômico que não é muito comum em outras regiões do país , enaltece. (Com Sinduscon/MT)

 


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