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08/08/2011

Programa especial da indústria treina para atender à demanda crescente

"Cbic"
08/08/2011 :: Edição 152

 

Jornal Brasil Econômico/BR 08/08/2011
 

Programa especial da indústria treina para atender à demanda crescente 

O Prominp já preparou 78 mil profissionais e outros 212 mil deverão ser formados até 2015. Os cursos são gratuitos e incluem nível básico, médio, técnico e superior, em 185 categorias do setor de petróleo e gás

 O expressivo aumento dos investimentos do setor de petróleo e gás natural nos últimos anos vem ampliando também a demanda de profissionais qualificados, tanto na fase de construção civil, como nas fases de montagem, engenharia e manutenção.
 O Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo (Prominp) coordena as principais iniciativas de qualificação de trabalhadores e empresas do setor. A ação capacita milhares de profissionais em todo o país por meio de cursos gratuitos, de nível básico, médio, técnico e superior, em 185 categorias profissionais ligadas às atividades do setor de petróleo e gás. Os alunos desempregados recebem bolsa-auxílio mensal que varia entre R$ 300 e R$ 900.
 Cerca de 80 instituições de ensino em 17 estados do Brasil estão envolvidas neste projeto, com investimentos de R$ 228 milhões bancados pela Petrobras com aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A meta é, até 2015, investir mais R$ 557 milhões na qualificação de um novo contingente de 212 mil pessoas em categorias profissionais diferenciadas, todas voltadas para o setor de Petróleo e Gás Natural.
 A participação da indústria nacional nos investimentos do setor, um dos focos do Prominp, aumentou de 57% em 2003 para 75% no primeiro semestre de 2010. Tal crescimento representou um expressivo valor adicional de US$ 21,5 bilhões de bens e serviços contratados no mercado nacional e a geração adicional de mais de 875 mil postos de trabalho.
 Ensino básico é essencial para salto tecnológico
 Mesmo com benefícios atraentes, como o pagamento de bolsas, e grande demanda pelos profissionais formados, o Prominp não consegue preencher as vagas nos cursos que oferece. No total, sobraram 14 mil vagas, diz o diretor da Firjan, Alexandre Reis.
 O coordenador-executivo do programa, José Renato Ferreira de Almeida, explica que a deficiência na formação básica é o principal obstáculo. "Nas funções de menor qualificação, tivemos que complementar o primeiro grau, muitas vezes, e trocar a experiência profissional por uma carga maior de estágios práticos e simulações. Só que no nível técnico, particularmente, deficiências acumuladas no ensino fundamental impedem a conclusão do ensino médio, tornando inviável a adesão ao programa", argumenta. A formação complementar, com reforço escolar para 32 mil pessoas, e o constante aprimoramento dos mecanismos de incentivo e treinamento não impediram que 58% das vagas ficassem ociosas.
 Gerente-geral da Universidade Petrobras, Ricardo Salomão tem análise semelhante. Para ele, é essencial que as empresas se engajem na melhoria das condições de ensino no país, contribuindo com trabalho voluntário, talentos e recursos materiais e financeiros para a recuperação das escolas, particularmente no Primeiro Grau. "O setor privado, mais ágil, garantindo a manutenção de escolas próximas às suas instalações, ou a oferta de equipamentos de multimídia, ou o treinamento de monitores, o Estado e a Prefeitura ficam livres para cuidar do essencial, que é a remuneração e a melhoria na formação dos professores", explica.
 É preciso um melhor alinhamento dos bancos escolares com a formação profissional, na avaliação do diretor da Firjan Alexandre dos Reis. "O segmento mais demandado, o de técnicos e tecnólogos, não é tão valorizado socialmente, mesmo pagando bem. Na Alemanha, por exemplo, não existe essa mesma fixação na universidade, técnicos são muito respeitados", compara.
 Por aqui, Reis avalia que os investimentos do governo federal em escolas técnicas novas e na melhoria das existentes, com o Pronatec (bolsas no ensino profissionalizante como as do Prouni, para universitários), começam a melhorar o quadro. A demanda, forte, completa o serviço. "Os investimentos programados pelas empresas demandam 150 mil a 200 mil técnicos nos próximos quatro anos", sustenta.
 Essa necessidade cala fundo nas empresas, mas é preciso acelerar o passo no engajamento do empresariado na busca de soluções. O secretário de Trabalho e Renda do Estado do Rio, Antonio José Charbel Zaib, explica que o esforço central de sua pasta tem sido de obter das empresas um compromisso de oferecer estágios e vagas nos programas de trainees e aprendizes para os formandos dos cursos que promove. "Ninguém aprende a nadar sem cair na água, só a prática completa a formação", diz.
 Daí o empenho da secretaria em firmar acordos com sindicatos patronais, como o Sinaval, para treinar monitores, e entidades reconhecidas, como o Senai, para garantir a qualidade dos cursos e a empregabilidade dos treinados. Gerente de Educação Profissional do Sistema Firjan, Regina Helena Malta mostrou dados sobre o alcance crescente do Senai. O serviço está presente com unidades físicas em 18 municípios do Estado, que respondem por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense. As unidades móveis são 20, e chegarão a 30 até o final do ano, com cursos de solda, panificação, metrologia, têxteis e calçados, ofertados conforme as vocações de cada região. Ela admite, contudo, que o setor de óleo e gás começa a redesenhar essas fronteiras: "Mesmo no Noroeste fluminense, aonde os investimentos do petróleo ainda não chegaram, a demanda mais forte é por cursos para esse setor."
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 Há 80 instituições de ensino em 17 estados do Brasil envolvidas neste projeto, com investimentos de R$ 228 milhões bancados pela Petrobras com aprovação da ANP. Em 4 anos, mais R$ 557 milhões serão investidos

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