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AGÊNCIA CBIC

17/02/2012

Para BC, com Dilma PIB cresce só 2,79%

"Cbic"
17/02/2012 :: Edição 272

 

Correio Braziliense/BR 17/02/2012
 

Para BC, com Dilma PIB cresce só 2,79%

Resultado frustra o governo, que torce por número melhor a ser divulgado pelo IBGE na primeira semana de março 

 O crescimento do Brasil em 2011, segundo dados do Banco Central, decepcionou o Palácio do Planalto. Pelos cálculos da autoridade monetária, o país avançou apenas 2,79% – uma freada brusca se o resultado for comparado aos 7,5% de 2010. A presidente Dilma Rousseff esperava um número melhor e, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda acredita que, na primeira semana de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo Produto Interno Bruto (PIB) oficial, apontará um número melhor, de 3%. "Isso aqui (os dados do BC) não é o PIB. É uma estimativa. O PIB (oficial) deverá dar em torno de 3%. Um pouco mais ou um pouco menos", disse Mantega.
 A despeito da confiança de Dilma e do ministro, os dados do BC são muito próximos da realidade. "Há uma certa discrepância entre os dados da Fazenda e os do BC nas previsões dos indicadores econômicos. Porém, as informações do Banco Central são as mais próximas do calculado pelo IBGE", disse Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Negócios. "Não foi uma surpresa esse resultado", classificou Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil. Segundo ele, não havia como fugir desse desempenho mais fraco.
 A boa notícia, no entender de Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, foi que o número de dezembro, no qual a economia se expandiu 0,57% pelos dados do BC, mostrou alguma reação da atividade, mas não o suficiente para tornar expressivo o último trimestre do ano passado. "O avanço da atividade econômica no fim de 2011 foi generalizado", observou. Segundo ele, o consumo das famílias melhorou em dezembro, assim como o varejo e alguns setores da indústria. "No entanto, o investimento deve ter continuado fraco", argumentou.
 Inflação  Caso o crescimento de 2011 se confirme em 2,79%, o impulso que esse PIB deixa para 2012 é praticamente nulo, um incremento de apenas 0,4 ponto percentual, segundo cálculos do ABC Brasil. "Um problema nesse início de ano é que o Brasil começa com os estoques altos e isso deve ter diminuído ainda mais o potencial de crescimento de janeiro. A economia deve deslanchar apenas a partir do segundo semestre", afirmou Leal, que projeta expansão de 3,7% em 2012. Para Mantega, o resultado deve ser ainda maior, em torno de 5%. "Várias condições estão mais favoráveis e vão nos levar a essa trajetória. Por exemplo: a inflação está caindo, o que possibilita ao Banco Central ter uma política monetária mais flexível, o que já está ocorrendo", explicou.
 O ministro considerou ainda que, com a queda na taxa básica de juros (Selic), hoje em 10,50% ao ano, o crédito tende a aumentar. "Nós temos um orçamento de investimentos muito forte para 2012. Isso também vai ajudar a dinamizar a economia", disse. A seu ver, o PIB deve crescer lentamente no primeiro semestre e avançar mais no segundo. Mantega disse ainda que a inflação está em queda.
 Segundo ele, o corte de R$ 55 bilhões no Orçamento, anunciado pelo governo, ajudará a reduzir o consumo do governo e a carestia e, consequentemente, facilitar a redução de juros. "Estamos com inflação controlada e caindo. Isso propicia um crescimento da economia em condições equilibradas", disse. "Esse PIB (do Banco Central) já está ficando para trás. Estamos caminhando para um PIB maior em 2012", enfatizou o ministro.
 Brasil puxa confiança latina  Os ventos que sopram sobre a economia da América Latina andam mais agradáveis, revelou uma pesquisa trimestral da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão IFO. De acordo com o Índice de Clima Econômico (ICE) da região, entre outubro de 2011 e janeiro de 2012, o ânimo para os negócios pulou de 4,4 pontos para 5 pontos. A elevação foi puxada, sobretudo, pela sensação de melhora na economia brasileira, em que o indicador saltou de 4,8 pontos para 6,2 pontos no mesmo período de comparação. Para chegar ao resultado, as duas instituições ouviram 159 especialistas em 18 países. O desempenho nacional em janeiro foi tão bom que superou, inclusive, o de países como Rússia (4,8 pontos), Índia (5,2 pontos), China (4,2 pontos), pares do Brasil no grupo emergente Brics.  

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