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AGÊNCIA CBIC

10/03/2014

O esfriamento de preços de imóveis previne uma bolha

Entre janeiro e fevereiro, os preços pedidos pelo metro quadrado de imóveis anunciados na internet em grandes cidades brasileiras aumentaram 0,57%, em média, segundo o levantamento Fipe-ZAP. O porcentual é próximo do IPCA de 0,55% de janeiro e inferior ao IPCA-15 de fevereiro, de 0,70%. E confirma a tendência de acomodação dos preços dos imóveis – uma boa notícia para os compradores e para a economia, ainda que possa desagradar a alguns investidores, produtores e comercializadores de moradias.

A pesquisa trata do valor das ofertas e por isso não reflete com precisão o valor das transações efetivadas. Mas o índice dá uma boa ideia das intenções dos ofertantes – que geralmente vendem um imóvel para comprar ou construir outro melhor. Ou, em menor escala, para fazer caixa e transformar uma escritura num título de renda fixa.

Nas 16 cidades em que a pesquisa é feita, os preços pedidos entre janeiro e fevereiro oscilaram entre 0,37% negativo, em Porto Alegre, e 1,08% positivo, no Rio de Janeiro. Há circunstâncias locais que explicam as diferenças. No Rio, por exemplo, a proximidade da Copa do Mundo tende a elevar o valor pedido pelas locações temporárias, o que se reflete no valor das propriedades mais procuradas.

Num período de 12 meses, entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014, os valores pedidos ainda devem ser considerados muito elevados, com média de 13,1%, mais que o dobro da inflação oficial. Em Curitiba, a variação anual chegou a 34,9%; em Vitória foi de 17,1%; no Recife, de 16,9%; e em Florianópolis, de 16,7%. Mas no Rio (+15,2%) e em São Paulo (+13,5%) também superou a média. Nas sete principais capitais, a alta foi de 12,2% em média.

Nos últimos 8 ou 10 anos, os preços dos imóveis mais que dobraram nas grandes cidades, em termos reais. Em alguns casos, a alta foi excepcional, como em áreas dos Jardins, em São Paulo, ou da orla da praia, no Rio. O argumento de que a procura é sempre maior que a oferta não deve levar as pessoas a imaginarem que os preços nunca oscilam para baixo – isso ocorre com mais frequência do que se imagina. Aliás, preços nominais estáveis por um ou dois anos já implicam perdas para quem precisa se desfazer do bem.

O que se indaga é se há risco de bolha imobiliária no País. O mais importante é que o risco de crédito é baixo, porque financiadores – e mutuários – têm sido prudentes. Prejuízos para indivíduos são absorvidos sem maior trauma para a economia.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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