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AGÊNCIA CBIC

08/04/2014

O custo da burocracia no setor imobiliário

"Cbic"
08/04/2014

O Povo – Ceará

O custo da burocracia no setor imobiliário

CONSTRUÇÃO CIVIL 

 Rubens Menin de Souza [email protected]

Engenheiro, fundador e presidente da MRV Engenharia

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) –, instituição que tenho a honra de presidir, realizou em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) — , o workshop final destinado à avaliação dos resultados do trabalho encomendado à empresa internacional especializada Booz & Company sobre as "Principais Barreiras Regulatórias e Burocráticas no Desenvolvimento do Setor Imobiliário Brasileiro". Esse Estudo mostra objetivamente "como a desburocratização pode abaixar o preço do imóvel", enfatizando aspectos relacionados ao prazo de construção, segurança jurídica dos negócios e, principalmente, a redução final dos custos e dos preços de venda.

Uma das muitas conclusões interessantes é a surpreendente quantificação da ineficiência gerada na cadeia produtiva do setor imobiliário, cujos custos anuais foram estimados em R$ 19 bilhões. É muito dinheiro desperdiçado em decorrência de causas e fatores facilmente removíveis, desde que seja implementado efetivo programa de desburocratização e desregulamentação, em benefício dos compradores finais e da ampliação do acesso à habitação.

Evidentemente, diagnóstico dessa espécie e as proposições dele decorrentes interessam às autoridades públicas, aos órgãos reguladores e demais agentes envolvidos em todo o processo que se desenvolve desde a aquisição dos terrenos, até a obtenção dos financiamentos (exageradamente onerosos) por parte dos compradores finais e passando pelas atividades típicas de construção e gerenciamento dos canteiros (nas quais os custos da ineficiência, com possibilidade de remoção, costumam situar-se na faixa de 12% a 16%, dependendo do tipo de empreendimento). Ineficiências significativas também foram diagnosticadas nas atividades cartoriais, seja pelos prazos excessivos, seja pelos elevados custos.

O fato é que, mesmo com objetivos menos ambiciosos para eventual programa de desburocratização e desregulamentação aplicável ao setor imobiliário nacional, não seria difícil e nem demorada a remoção de empecilhos que resultassem numa redução final da ordem de 15% a 20% no preço de venda dos imóveis, principalmente naqueles destinados à primeira moradia de brasileiros com salários ou capacidade de investimentos limitados.

Em resumo, pela lógica financeira do processo, as conclusões do estudo encomendado pela Abrainc interessam, não apenas à administração pública, como também, e principalmente, aos compradores dos imóveis, pois é como se eles estivessem comprando um apartamento de dois dormitórios e pagando por um imóvel de quatro quartos.



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