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AGÊNCIA CBIC

02/12/2016

Novo presidente da Cica, o chileno Jorge Mas Figueroa revela ao CBIC Mais que a entidade internacional será uma grande entusiasta das parcerias público-privadas

O novo presidente da Confederation of International Contractors Associations (CICA), Jorge Mas Figueroa, é o entrevistado da semana no CBIC MAIS. O empresário e engenheiro civil, atuante no setor de infraestrutura no Chile, também já foi presidente da Câmara Chilena da Construção (CChC). Figueroa acredita que a melhor estratégia para o desenvolvimento dos países da América Latina é a integração. “Isso permite que todos possam mitigar as suas próprias fraquezas e criar sinergias que se traduzem no bem-estar de todos”, avalia.

O presidente da CBIC e vice-presidente da CICA, José Carlos Martins, prevê que na nova gestão haverá mais troca de experiências entre os países associados à confederação internacional. “A CICA articula em termos mundiais e acredito que haverá ainda mais troca de conhecimento entre os países com mais experiências em PPPs, por exemplo, com aqueles que estão iniciando nesse tipo de negócio”, diz Martins.

Confira a entrevista com novo presidente da CICA:

CBIC MAIS: Como o senhor vê a atuação da CICA e as missões ao redor do mundo?

Jorge Mas Figueroa: A construção é um dos pilares básicos do desenvolvimento dos países, de modo que o seu desenvolvimento e dinamismo contribuem para a criação de emprego, crescimento econômico e da competitividade das nações, tornando-as mais produtivas e concedendo maiores vantagens. A CICA (Confederation of International Contractors’ Associations) tem, portanto, um dever importante para promover essa visão, participando e influenciando o debate público sobre o setor.

Para atingir esses objetivos vamos aumentar a participação de integrantes da CICA nas questões relevantes no setor e desenvolver uma agenda que nos permita estar em contato com os nossos diversos stakeholders.

C.M: Quais são os principais temas que a CICA vai abordar em sua nova gestão?

J.M.F: Destaco a busca e promoção das melhores práticas de parcerias público-privadas, a massificação da construção sustentável, o desenvolvimento de infraestrutura e do financiamento e a contribuição para o desenvolvimento social.

C.M: Como o senhor vê a integração entre os países e as oportunidades de negócios que vão surgir com as Parcerias Público Privadas (PPPs)?

J.M.F: Eu não acho que exista uma melhor estratégia para o desenvolvimento de nossos países, particularmente na América Latina, do que a integração entre eles. Isso permite que todos possam mitigar as suas próprias fraquezas e criar sinergias que se traduzem no bem-estar para todos. E essa integração não é possível sem a parceria público-privada, uma vez que, na sua ausência, muitas iniciativas simplesmente não poderiam se materializar.

Consequentemente, a CICA será uma grande entusiasta e promotora das PPPs, pois delas dependem muito do progresso social e econômico das nossas nações. No entanto, isso também significa fortalecer a capacidade dos bancos multilaterais e promover o desenvolvimento de projetos sustentáveis.

C.M: A CICA realizará uma reunião técnica em Santiago do Chile, entre os dias 15 a 17 de janeiro de 2017, denominada “Mirada Mundial a la Construcción”. Quais serão os principais temas da conferência?

J.M.F: Nossa intenção é que a conferência seja um marco na abordagem e na promoção do trabalho integrado entre os diferentes países que formam a CICA.  Por isso, vamos abordar temas que são igualmente relevantes para nossa atividade, com as PPPs, as novas tendências para o desenvolvimento sustentável da construção, os desafios para as empresas médias nos mercados internacionais e o papel dos bancos no financiamento da infraestrutura, entre outros.

CM: Qual é a sua avaliação sobre o mercado brasileiro? Qual é a importância do Brasil no cenário latino-americano hoje?

J.M.F: O tamanho do Brasil não passa desapercebido nem na América do Sul e nem no restante do mundo, independentemente de suas mudanças econômicas e políticas. No entanto, não há dúvida de que a falta de estabilidade nessas áreas o deixa em situação desfavorável a enfrentar um desenvolvimento sustentado a longo prazo. Por isso, requer um fortalecimento na confiança para estimular os investimentos.

Se formos ver como o Brasil está no ranking final de competitividade do Fórum Econômico Mundial, descobrimos que a infraestrutura – dimensão básica do pilar para o desenvolvimento – está na posição 72 entre 138 países. No caso das áreas rodoviária e portuária, o País se encontra nas posições 111 e 114, respectivamente; e não está muito melhor nas áreas ferroviária e aeroportuária, nas quais está nas posições 93 e 95, respectivamente.

Para conseguir desenvolver-se é preciso de políticas de longo prazo em infraestrutura. Desenvolver projetos e engenharia que consigam fazer a diferença. A partir desse ponto de vista, é um mercado com elevado potencial.

Se decidirem implementar políticas que estimulem o crescimento, após dois anos de recessão, vai abrir um grande leque de oportunidades.

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