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AGÊNCIA CBIC

22/02/2011

Novas regras do 'Minha Casa, Minha Vida' deixam mercado com dúvidas

 

22/02/2011 :: Edição 043

Jornal G1/BR   |   22/02/2011

novas regras do ‘minha casa, minha vida’ deixam mercado com dúvidas

Muita gente ainda está confusa. Saiba o que mudou
para compradores, construtoras e trabalhadores da construção civil.

Mudaram as regras do programa Minha casa, minha
vida, do governo federal. Os compradores e também construção civil estão com
muitas dúvidas. Tem a ver com o financiamento das obras. O financiamento agora
só vai ser liberado onde existir infraestrutura completa uma garantia de
qualidade de vida para o morador e o mínimo que deveria ser exigido de um
projeto com apoio do governo.

Muitos dos que reclamam da mudança até concordam
com a exigência, mas acham que o governo deveria agora dar um tempo para que
possam adaptar as obras. Em Águas Lindas, por exemplo, a 40 quilômetros de
Brasília, pouco mais de 30% das ruas tem asfalto, e grande parte das casas que
estão sendo construídas fica justamente na periferia, onde a pavimentação
demora muito mais a chegar.

A casa está pronta. Tem dois quartos, banheiro,
cozinha e um comprador interessado que já tinha separado toda a documentação
para assinar o contrato, mas acha que vai ter de desistir do negócio. Eu estou
pedindo financiamento o mais rápido possível, mas está difícil, aponta o
pedreiro Alex Diones.

O dinheiro não sai, porque no endereço falta
infraestrutura. A rua é de estrada de terra. O governo decidiu que todos os
imóveis têm de ter asfalto na porta. Caso contrário, a Caixa Econômica Federal
não libera crédito para financiar a compra.

Em Paulista, na região metropolitana do Recife, o
construtor João Vieira construiu quatro casas e não consegue vender nenhuma. Eu
estou precisando muito do dinheiro para me capitalizar e começar outra obra,
mas infelizmente não posso, lamenta.

Para casas construídas com recursos da Caixa
sempre foi assim. A diferença é que agora a regra vale também para empresários,
pequenos empreendedores que investiram dinheiro próprio em casas populares.

Quando a casa já está pronta e já está tudo certo
no local, do jeito que foi combinado, surge uma regra nova que muda totalmente
a questão da venda, reclama o arquiteto Marcelo Borges.

Obras estão paradas. Pedreiros, eletricistas e
pintores já foram demitidos. Eu estou hoje com seis ou sete pessoas. Semana
passada eu mandei embora de 18 a 20 pessoas, conta o construtor Augusto César.

Eu fico preocupado. Eu tenho quatro filhos para
criar. Cada um dos pedreiros também tem. A gente necessita desse trabalho, diz
o mestre de obras Genilton Alves Tito.

Em uma loja de material de construção, na região
metropolitana de Goiânia, o movimento caiu. Se continuar assim, vai até
inviável ficar com a loja, avalia a comerciante Marta Helena Barra.

O governo diz que há problemas apenas em casos
isolados e contratos específicos. A intenção, segundo a Caixa, é preservar a
qualidade e os interesses das famílias que comprarem os imóveis. A Câmara
Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) concorda que qualidade é
essencial, mas acha que a exigência tem outro efeito.

Se essa regra permitia que fosse feita em
determinado local e agora isso não pode mais ser feito, claro que isso aí terá
um impacto de custo, explica o vice-presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Os empresários já avisaram que vão repassar o
custo do asfalto para os compradores. O mecânico Flávio Cardoso tem medo de não
conseguir pagar a casa que escolheu. Se ele me entregar a casa com asfalto, no
caso a casa que seria no valor X já vai subir. Ou seja, minha carta de crédito
já não vai ser liberada, conclui o mecânico.

A Caixa Econômica Federal informou ainda que os
pedidos de financiamento com propostas aprovadas até o último dia 11 vão ter
tramitação normal e não vão ser afetados pela nova medida. O Ministério das
Cidades não quis falar. A assessoria informou que as explicações da nota da
Caixa Econômica Federal são suficientes.


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