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14/09/2011

Melhor cenário contra a crise seria uma ação rápida e definitiva

"Cbic"
14/09/2011 :: Edição 177

 

Jornal Brasil Econômico/BR 14/09/2011
 

Melhor cenário contra a crise seria uma ação rápida e definitiva

Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, incertezas na Europa têm impacto no crescimento mundial e, claro, no Brasil

A demora da União Europeia para chegar a um plano crível que solucione o problema de suas dívidas soberanas é vista como o pior cenário na avaliação do presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini, no curto e no médio prazos. "Prolongar esse processo torna os mercados disfuncionais, aumenta o custo para todos os agentes e impacta negativamente o crescimento econômico mundial nos próximos anos", disse ao BRASIL ECONÔMICO, aprofundando a análise sobre a qual o Comitê de Política Monetária (Copom) se baseou para inverter repentinamente a estratégia de política monetária no Brasil.
 Muito embora a integração europeia signifique um avanço político e econômico, afirmou, é necessário haver maior coordenação entre os governos para que a região esteja protegida contra choques. Há três anos, com a eclosão da turbulência internacional, a deterioração fiscal de economias como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, que foram reunidas no acrônimo PIIGS, ficou em evidência e sua superação vem se arrastando ao longo desse tempo.
 "O melhor cenário seria uma ação rápida e definitiva que restabelecesse a normalidade e deslocasse o debate para medidas de crescimento sustentável", afirmou. "Contudo, precisamos ter claro que toda essa discussão não é trivial".
 Justamente essa incerteza pelo arranjo europeu aliada à anemia por qual passam Estados Unidos e Japão postergam o retorno à normalidade das condições financeiras e monetárias das economias maduras. Como consequência, há um arrefecimento das economias emergentes mais pujantes como Índia e China, que, demandando menos, afetam países exportadores como o Brasil.
 No início de agosto, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da dívida americana. Isso, juntamente, com a divulgação de uma série de dados mostrando que as principais economias do globo patinam, deixou os mercados instáveis e mais sensíveis às ações dos governos para revigorar a economia de seus países.
 Segundo Tombini, apesar de ter havido uma piora significativa do panorama internacional nas últimas semanas, os mercados interbancários internacionais ainda apresentam condições melhores do que as observadas no auge da crise financeira de 2008.
 A ata da reunião na qual o Copom optou por reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, para 12% ao ano, deixou claro que essa deterioração pode causar um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do observado durante a crise internacional. "Naturalmente, uma redução do crescimento na zona do euro e da economia global afeta diretamente o Brasil. No entanto, temos um mercado doméstico forte, que é um importante fator de sustentação da atividade, e que vem se ampliando, dada a redução da pobreza, da desigualdade e o crescimento da classe média", afirma o presidente do BC, lembrando ainda que os investimentos a serem feitos por causa dos jogos esportivos em 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíadas, no Rio de Janeiro) serão impulsionadores da atividade econômica doméstica.
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 Temos um mercado doméstico forte, que é um importante fator de sustentação da atividade, e que vem se ampliando, dada a redução da pobreza, da desigualdade e o crescimento da classe média"
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 O TRIPÉ DA POLÍTICA ECONÔMICA
 4,5% É a projeção do governo federal para o crescimento da economia brasileira neste ano. O dado é mais otimista que a expectativa do Fundo Monetário Internacional (FMI), que espera taxa de 4,1%.
 Mesmo assim, as expectativas para o Brasil são boas se comparadas com as traçadas para a economia mundial.
 7,23% É a inflação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa muito acima da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. E essa tendência, segundo analistas, deve continuar em 2012   as projeções são de taxa de 5,4%, de acordo com o relatório Focus.
 R$ 1,71 Foi a cotação do dólar ontem, o terceiro pilar da nova política econômica do governo.
 A depreciação do real diante do dólar é vista com bons olhos pelos exportadores e por alguns setores do governo que tentam estimular as vendas externas. O lado negativo é o risco de repasse dessa alta aos preços internos.
"Cbic"

 

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