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AGÊNCIA CBIC

21/03/2014

Governo avança em discussão sobre título de dívida imobiliária

DCI – Comércio, Indústria e Serviços/SP 21 de março de 2014

Agências SÃO PAULO

O Banco Central (BC) participa das conversas que estão sendo comandadas pela Fazenda sobre a lei que vai instituir os covered bonds – títulos de dívida imobiliária – no Brasil, segundo Sérgio Odilon, chefe de Unidade Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) do BC. Esses debates, conforme ele, estão em um nível bom de detalhes. Esses títulos são tradicionais na Europa. "Estamos discutindo os covered bonds com o governo e debatendo ajustes na lei para dar mais segurança ao instrumento. Há um nível bom de detalhes e as conversas já vêm há alguns anos", disse ele a jornalistas, após palestrar em evento em São Paulo. Segundo Odilon, ainda não foi definido o papel que será utilizado para operação de blindagem como o covered bond ainda não foi definido. Pode ser uma letra financeira imobiliária, uma letra de crédito imobiliário, dentre outros. Em sua palestra, Odilon lembrou ainda que embora a poupança vá continuar como importante fonte de recursos para o crédito imobiliário, alternativas de funding trazem segurança para instituições financeiras. Ele disse que o crédito imobiliário é um excelente negócio para os bancos, pois é de longo prazo e fideliza o cliente. "Estamos batendo recorde de captação líquida na poupança, mas alternativas de funding são para introduzir mercados no crédito imobiliário. Com alternativas de fontes, bancos pequenos e médios podem mudar modelos de negócios", avaliou Odilon. Também ontem, o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, descartou a possibilidade de o Brasil caminhar para uma crise de subprime, semelhante à ocorrida nos Estados Unidos entre 2008 e 2009. "Não há bolha imobiliária no Brasil. Não temos elementos que caracterizem bolha", disse. Meirelles afirmou que no Brasil não existe segunda hipoteca e destacou que mais de 90% dos imóveis são para moradia própria. Ele também afirmou que o crédito imobiliário no País, comparado a outras economias, ainda é pequeno. Em uma simulação, o BC observou que se houvesse uma queda de 33% nos preços dos imóveis entre um dia e outro, o sistema não passaria por insolvência. "Esse exercício é um pouco para mostrar que se houvesse hecatombe dos preços, mesmo assim as instituições financeiras são capazes de absorver também esse choque", argumentou. "O aumento dos preços dos imóveis tem sido compatível com crescimento da renda, não há descolamento", defendeu. Meirelles afirmou ainda que os dados compilados pela autoridade monetária permitem até mesmo vislumbrar maior estabilização dos preços de imóveis.

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