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AGÊNCIA CBIC

19/09/2011

Especialistas descartam bolha, mas preveem queda de vendas de imóveis

"Cbic"
19/09/2011 :: Edição 179

Jornal Apucarana Notícias – 17/09/2011

 

Especialistas descartam bolha, mas preveem queda de vendas de imóveis

O mercado imobiliário brasileiro bateu recordes sucessivos nas vendas e os preços da habitação atingiram níveis exorbitantes nos últimos dois anos. No segundo semestre de 2011, os valores continuam em alta, só que em ritmo bem menor e o mercado já começa a apostar em estabilização. Diante desse cenário e do momento econômico brasileiro, compensa comprar ou vender um imóvel?  
 O mercado imobiliário é cíclico – uma hora sobe, outra estabiliza e depois cai. No entanto, a tendência para os próximos meses é que os preços se mantenham nos patamares atuais, ou seja, o mercado caminha para a estabilização, explica o diretor de estudos especiais da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), Luiz Paulo Pompéia. Por isso, o momento econômico privilegia a venda de imóveis, diz o especialista.
 – Está na hora de vender imóveis porque a gente vende na alta e compra na baixa. Os imóveis estão lá em cima e, por isso, está na hora de vender, não de comprar.
 O pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) Eduardo Zylberstein também analisa o comportamento do mercado imobiliário brasileiro. Ele prefere não arriscar se o momento é bom para comprar ou vender, mas afirma que os preços caminham para a estabilidade.
 – Agosto foi o quarto mês seguido de desaceleração da alta nos preços, mas eles continuam subindo. Parecem estar convergindo para a estabilidade, mas ainda está em um ritmo forte. Pode ser um movimento típico dessa época do ano, o que pode ser um comportamento sazonal e, no futuro próximo, os preços podem retomar [aumentos expressivos]. Tem que aguardar mais um pouco.
 Zylberstein é o coordenador do índice Fipezap, um termômetro que mede a variação de preços do metro quadrado em seis capitais brasileiras e no Distrito Federal. Em agosto, o preço médio do metro quadrado teve alta de 1,7% e atingiu a marca de R$ 5.824 no país.
 Essa escalada dos preços das moradias no Brasil é natural, segundo os especialistas do mercado. Eles explicam que antes do aumento, praticamente até 2008, os preços das casas no país permaneceram estáveis. Esse movimento é consistente e, portanto, afasta qualquer possibilidade de bolha imobiliária, explica o economista da Fipe.
 – Nos últimos meses, observamos que o ímpeto da alta deve continuar convergindo para um ritmo um pouco mais tranquilo. Há uma queda na quantidade dos imóveis negociados, o que é um comportamento normal porque quanto maior o preço, menor o número de negociações. Mas isso não quer dizer que há uma bolha.
 Pompéia também descarta a possibilidade de bolha como observada nos mercados da Europa e dos Estados Unidos no passado recente.
 – Não há risco de bolha nos moldes americano, espanhol ou português. Isso porque o crédito imobiliário no Brasil não chega a 5% do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de riquezas do país], enquanto lá estava acima de 60% no caso do PIB americano. Veja que há uma diferença brutal. Nessa linha do que ocorreu no hemisfério norte, não acredito e não vejo nenhuma perspectiva para bolha.
"Cbic"

 

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