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AGÊNCIA CBIC

25/03/2014

Dilma aumenta ritmo de viagens oficiais

"Cbic"
25/03/2014

Diário do Comércio – MG

Dilma aumenta ritmo de viagens oficiais

São Paulo  – Entre 1º de janeiro e 20 de março deste ano, a presidente Dilma Rousseff visitou, em agenda oficial, 20 cidades brasileiras. O número é o dobro do registrado no mesmo período de 2013. Em contrapartida, neste início de ano eleitoral, a presidente recebeu menos empresários e políticos para reuniões na comparação com o ano anterior.

Os eventos preferidos da presidente durante as viagens de 2014 são formaturas do Pronatec, entrega de unidades do "Minha casa, minha vida" e de máquinas a prefeituras pelo PAC Equipamentos, o que tem gerado críticas da oposição. "  uma agenda presidencial medíocre. Nunca vi o (Barack) Obama ou o (François) Hollande distribuindo tratores e caminhões", disse o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB-MG, no fim de fevereiro, durante visita de Dilma a seu Estado.

Enquanto aumentou o espaço para viagens pelo país na agenda da presidente, diminuiu o tempo destinado a encontro com empresários e políticos da base aliada, que têm reclamado de "dificuldade de interlocução" com a presidente. Em 2014, Dilma fez apenas duas audiências com representantes do setor produtivo – recebendo no Palácio do Planalto os presidentes da Cosan, Rubens Ometto, e da Copersucar, Luís Roberto Pogetti. No mesmo período em 2013, foram 21 encontros.

Entre os que tiveram audiência com Dilma no ano passado estão pesos pesados do Produto Interno Bruto (PIB) como os banqueiros Emílio Botin, do Santander, e Roberto Setubal, do Itaú Unibanco. Foram recebidos ainda os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Sérgio Andrade, e Eike Batista – duas vezes. Além de representantes de associações setoriais, como o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Insatisfação  – Neste ano, além do encontro com Ometto e Pogetti, Dilma se reuniu com empresários apenas em períodos de viagens para o exterior, como no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça. "Acho que ela parou de receber porque estava dando errado. Todo mundo que ela recebia, seja empresário ou político, saía insatisfeito", afirmou um empresário, que preferiu manter o anonimato.

Contrariados, empresários não fogem da comparação com a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo eles, era mais aberto ao diálogo, mesmo que nem sempre levasse em conta o que havia sido conversado na hora de tomar decisões.

Uma fonte em Brasília, que também não quis se identificar, diz que o fato de Dilma centralizar as decisões atrasa o andamento dos processos. "Ela não conversa. O ministro conversa e ela desautoriza. Aí volta tudo à estaca zero", reclama. Há ainda a impressão de que Dilma não gosta do empresariado e que parte dos problemas enfrentados vem da falta de habilidade do governo em escutar.

Ex-presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva reclama que o governo, quando conversa, o faz apenas com poucos representantes, os de sua confiança. Piva argumenta que "em todos os lugares do mundo o presidente cria espaços para ouvir empresários, e quanto mais transparente e regular, melhor". "Não tem havido mais interações, que são fundamentais, não somente para que o lado de cá procure entender a racionalidade das decisões do governo, como por parte dele para entender o sentido de urgência da economia real", reclama.

Cdes  – O presidente da Confederação Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, diz que seu setor não pode reclamar do relacionamento com o governo. "Temos acesso a ministros, falamos nos órgãos. Fazenda, Planejamento, Trabalho um pouco menos", observa. Simão acha, porém, que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cdes) é pouco explorado e que o estilo de governo da presidente é diferente e dificilmente vai mudar. "Talvez, se ela estivesse mais próxima do empresariado, teria tido ideias melhores", afirmou. (AE) 

 


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