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AGÊNCIA CBIC

26/03/2015

Crédito imobiliário volta ao nível de 2011

"Cbic"
26/03/2015

Gazeta do Povo – 26 de março

Crédito imobiliário volta ao nível de 2011

O aumento dos juros no financiamento imobiliário, movimento iniciado pela Caixa Econômica Federal em janeiro e acompanhado pelos bancos privados em fevereiro, já fez com que as taxas cobradas na compra da casa própria voltassem ao patamar registrado no segundo semestre de 2011, quando o governo federal concentrou seus esforços na redução dos juros do sistema bancário para, assim, estimular o consumo. Nesse novo cenário, o consumidor tem duas alternativas: arcar com um custo mais alto para usar essa modalidade de crédito ou esperar que as taxas voltem a cair, o que não está no radar de nenhuma instituição financeira no curto prazo.

Impacto no bolso

O movimento de alta de juros feito pelos bancos parece pequeno, mas tem impacto negativo no bolso dos mutuários ao longo de 30 anos. A diferença no valor pago de um imóvel de R$ 600 mil financiado com 30 anos pela tabela Price (onde as prestações são constantes e só aumentam com a variação da TR) pode chegar a quase R$ 60 mil, segundo simulação da Anefac.

Em agosto de 2011, quando o Banco Central começou a reduzir a Selic, a taxa média do crédito imobiliário estava em torno de 9,5% ao ano, segundo dados do próprio BC. Foi caindo gradualmente até chegar à mínima de 6,84% em fevereiro do ano passado. Esta taxa é válida para empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que usa recursos da poupança, tem juro máximo de 12% ao ano e vale para imóveis de até R$ 750 mil.

Em 2014, o movimento de queda da Selic foi encerrado e o juro básico voltou a subir. As taxas do crédito imobiliário também ficaram mais altas. De acordo com o BC, em janeiro deste ano, a média de juros nessa modalidade estava em 8,8%, ante os 8,4% de dezembro de 2014.

O juro da Caixa subiu de 8,75% para 9%. No Bradesco, a taxa foi elevada de 9,2%, no final do ano passado, para 9,6% atualmente, além da variação da TR (taxa referencial), nas operações do SFH. O diretor de crédito imobiliário da instituição, Claudio Borges, explicou que essa é a taxa base e que alguns clientes conseguem negociar taxas melhores, dependendo do relacionamento que têm com o banco.

"A demanda por crédito imobiliário caiu um pouco, mas ainda não de forma significativa, o que só deve acontecer mais para 2016 se o cenário econômico não se reverter. Aumentamos as taxas, mas juro elevado não combina com crédito imobiliário. Então procuramos ser competitivos e vamos ajustando no dia a dia."

O Bradesco, assim como outras instituições, aumentou os juros depois da Caixa, que fez a elevação em 15 de janeiro. É o banco público, com cerca de 70% desse mercado, que costuma ditar a tendência das taxas para o restante do sistema. Por meio de nota, a instituição avisou que não estuda novos aumentos. "A Caixa esclarece que ainda não fechou o seu plano de negócios para 2015 e não trabalha, neste momento, com a possibilidade de novo aumento da taxa de juros". O banco informa ainda que deve repetir este ano o volume de empréstimos de 2014, R$ 128,83 bilhões. Já o Santander elevou de 8,6% para 9,1% para imóveis comprados pelo SFH.

A economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim, afirma que os bancos privados elevaram os juros do crédito imobiliário como reflexo da alta da taxa básica de juros. No começo deste mês, a Selic passou de 12,25% para 12,75%. A expectativa é que continue subindo. "Infelizmente, a economia desandou e as taxas de juros mais baixas, praticadas entre 2012 e 2013, voltaram a subir. E não existe perspectiva de que voltem a cair para aquele patamar no curto prazo."

 


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