AGÊNCIA CBIC
Crédito imobiliário deve manter fôlego no curto prazo
04/05/2012 :: Edição 309 |
Brasil Econômico/BR 04/05/2012
Crédito imobiliário deve manter fôlego no curto prazo Manutenção da atratividade e preservação do estoque da poupança impede mudanças
Especialistas acreditam que as novas regras da poupança não terão impacto negativo no volume de crédito imobiliário e o mercado deve continuar a buscar fundings alternativos. Isso porque os bancos têm exigibilidade de destinar 65% do volume em poupança para financiamento imobiliário-se a caderneta fica menos atrativa, pode afetar o montante de crédito.
Octávio de Lazari, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), diz que o governo tomou medidas acertadas ao zelar pelos antigos poupadores. "A atratividade da poupança foi mantida e não vemos grande entrada e saída da poupança. Portanto, não vamos ter problema de funding no curto prazo", diz.
É a mesma opinião de Luiz Fernando Figueiredo, sócio diretor da Mauá Sekular Investimentos e ex-diretor de política monetária do BC. "O governo deve ter esse cuidado para não atrapalhar a expansão desse crédito."
A expectativa do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, é que os bancos, ao captarem a custo menor, poderão liberar recursos mais baratos para o crédito para compra de imóveis. "O mercado imobiliário está bastante competitivo", disse.
O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, aponta que as medidas também abrem espaço para outros meios de financiamento. "O mercado está preparado, isso já tem sido discutido." Ele cita as securitizações, que são incipientes. "Esse tipo de financiamento pode alavancar o setor imobiliário para além dos 5% do PIB. O estoque de poupança é claramente insuficiente para isso."
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