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AGÊNCIA CBIC

11/03/2011

Construtoras rumam ao norte e ao nordeste

 

11/03/2011 :: Edição 054

Jornal DCI Online/BR   |   11/03/2011

construtoras rumam ao norte a ao nordeste

São Paulo – Tidas como líderes em construção
civil
até os próximos cinco anos, com destaque para o período de eventos
como a Copa do Mundo como agente impulsionador do setor, as regiões Norte e
Nordeste se destacaram com quase duas mil obras na área da construção civil brasileira e a
movimentação de U$ 58 bilhões, apenas no ano passado.

Para a consultoria ITCnet, as regiões são a bola da vez no setor e, para
2011, a expectativa é um crescimento na casa dos 14% em números de obras, que
elevaria as regiões a 2.276 novas construções este ano. O otimismo vem na onda
do ano passado, que pode ser considerado de ouro para o setor de construção civil, com um movimento
estimado de US$ 325,5 bilhões em todo território nacional entre obras
comerciais, industriais e residenciais.

A aposta em construção civil
para os próximos anos também foi passada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) que prevê investimentos de R$ 607 bilhões no Brasil
até 2014, fatia superior aos outros investimentos do banco para o Brasil.
"Obras como construção ou revitalização de estádios, melhoria e ampliação
de rodovias, construção de shopping e hotéis são parte fundamental desse boom
de construção civil que vive o
norte e nordeste", afirmou Sheila Schavarria, professora de Engenharia
Civil da FEI.

"Boa parte dos investimentos anunciados pelo BNDS serão no Norte e
Nordeste", disse a acadêmica, que completou, "mesmo sem dados
oficiais, as tendências de mercado é que muitos investimentos públicos quanto
iniciativas privadas migrem com mais força e mais dinheiro para essa
regiões", disse.

Para acompanhar o bom momento de investimentos nas regiões, a construtora e
incorporadora Rossi Residencial anunciou recentemente uma parceria com a
construtora Norcon para atuação na Região do Nordeste, de acordo com a empresa,
o negócio tem potencial para valor geral de vendas (VGV) de R$ 300 milhões.

Por meio da parceria, a Rossi atuará em Sergipe, Pernambuco, Alagoas e na
Bahia com empreendimentos econômicos.

Do VGV previsto para este ano, R$ 194 milhões caberão à Rossi, sendo o
restante destinado aos parceiros no desenvolvimento dos projetos imobiliários.

Joint venture

E esta não foi a primeira intervenção do grupo Rossi para investimentos no
nordeste. No final de 2010, a construtora lançou uma joint venture em Goiás
para atuar, principalmente, no segmento econômico de imóveis de até R$ 250 mil.
A nova empresa, com controle e lucro divididos meio a meio entre a Rossi e a
goiana Toctao Engenharia, entrou em operação em janeiro e espera lançar R$ 4,1
bilhões em imóveis, sendo R$ 1,6 bilhão em cinco anos. A Rossi – que pretende
aumentar a participação de mercado em Goiás de 5% para de 20% a 30% – será
responsável por toda a governança corporativa da Toctao Rossi e vai coordenar o
sistema de construção, as finanças e os recursos humanos.

A Toctao entra com conhecimento da demanda regional, mão de obra já
contratada e terrenos em "locais estratégicos" no estado. "A
maior parte dos terrenos da nova empresa vem da Toctao", diz Cássio Audi,
diretor Financeiro da Rossi. Mas, de acordo com o executivo, o estoque total de
terrenos já neste início de operações da joint venture é suficiente para
abrigar 19.360 apartamentos ou casas. "De 80% a 90% dos empreendimentos
devem ser para o segmento econômico. Temos terrenos grandes para esse
projeto", disse o executivo.

Estados em destaque

Com 1.997 obras em 2010, e a expectativa de crescer 14% em 2011 os estados
que se destacaram em 2010 na construção
civil
foram: Bahia, líder nos estados no segmento alimentício, com 13
novas fábricas; Ceará, que obteve 18 novas instalações para o segmento de
energia e telefonia; e Pernambuco, que abriu ano passado 17 novas fábricas só
de consumo.

"Temos percebido um crescimento muito maior da Região Nordeste em
relação à evolução média nacional. Nos últimos dois anos, Ceará está se
destacando, com crescimento dos índices bem próximos aos de Pernambuco e Bahia,
que historicamente sempre foram maiores", diz Viviane Guirão, diretora de
Pesquisas do ITCNet.

"Com a crescente importância desses estados, que se tornaram mais
atraentes aos investidores nos últimos cinco anos, a tendência é manter essa
crescente, já que é uma área que ainda tem muito potencial para crescer",
completa Viviane .

De acordo com a especialista, exemplos como o Ceará, que recebeu o maior
número de obras em energia e telefonia dos estados, exemplifica este dado.
"há uma necessidade crescente de aumento de tecnologia nessa região, dada
a importância dela para o Brasil, por isso esse número alto de investimento", concluiu.

De olho nesse bom momento, a Eternit Multiprodutos, especializada no
segmento de coberturas, painéis e placas, anunciou a construção de uma nova
fábrica , localizado no Distrito Industrial do Porto de Pecem, Município de
Caucaia (CE). "A Eternit iniciou prospecção e estudos para instalação da
nova fábrica em 2010, e concluiu que a Região Nordeste seria ideal para abrigar
a nova unidade que atenderá também às demandas de outras regiões do País",
afirma Élio A. Martins, presidente do Grupo Eternit.

Ainda sem divulgar os números oficiais de investimentos para a construção da
nova unidade, Martins afirmou apenas que a escolha da Região Nordeste também
resulta do bom prospecto de crescimento dessa região na construção civil nos próximos anos. "Nosso trabalho é voltado
também para atender crescimento de demanda da construção civil, achando soluções para as incorporadoras nos
diferentes estados do País. Hoje oferecemos ao mercado linhas de telhas de
fibrocimento, placas cimentícias para sistemas construtivos, telhas de
concreto, telhas metálicas, louças sanitárias e sistemas de aquecimento solar,
dentre outros produtos que serão muito mais usados no nordeste e norte nos
próximos anos", diz Martins.

 

Leia também: minifábricas são a novidade para atuar na região

O otimismo na cadeia da construção
civil
interna gerou mais oportunidades para diferentes áreas ligadas ao
setor. Principalmente pensando em facilitar a armazenagem de estoque para
construção, o grupo Epros criou um conceito de minifábricas, que são
construídas perto dos canteiros de trabalho e auxiliam tanto às construtoras
quanto os fornecedores. – "A iniciativa de implantar minifábricas dentro
de grandes construções acelerou o processo de fabricação das esquadrias de tal
forma que os funcionários que trabalham dentro das obras conseguem desenvolver
com grande precisão de detalhes. Uma vez que qualquer dúvida é gerada, a
resposta pode ser retirada dentro do local, sendo assim, não é necessário
enviar o projetista para avaliar a obra novamente, pois é possível verificar
dentro da construção. Outro fator importante é a rapidez e o processo de
instalação, pois os materiais já estão dentro da obra e não precisam de
transporte para serem instalados", explica Adnei Fernandes, diretor Financeiro
da Epros.

De acordo com Fernandes, o norte e nordeste também é um segmento a ser
explorado pelas minifábricas. "Apesar do mercado ainda estar aquecido no
sudeste, estamos ampliando m outros mercados, como por exemplo, o Acre, para
onde já enviamos uma equipe", diz.


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