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AGÊNCIA CBIC

22/04/2021

Artigo – Abril Verde: o desafio de implementar sistemas resilientes de SST

Haruo Ishikawa é líder de Segurança e Saúde do Trabalho na Comissão de Política de Relações Trabalhistas da CBIC, presidente do Serviço Social da Construção (Seconci-SP) e vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)

No próximo 28 de abril, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, nada mais oportuno do que nos aprofundarmos no tema proposto pela Organização Internacional do Trabalho para a data: “Antecipar, preparar e responder à crise – Investir em sistemas de SST resilientes, a fim de enfrentar as crises agora e no futuro, com base nas lições aprendidas e experiências do mundo do trabalho”.

De fato, a crise sanitária mundial que enfrentamos nos colocou diante do desafio de manter a atividade da construção, considerada essencial, preservando a saúde e a segurança dos trabalhadores.

As entidades da construção e os Seconcis (Serviços Sociais da Construção) de todo o país se mobilizaram e divulgaram massivamente as medidas de prevenção para as obras, trajetos e residências. Diante do recrudescimento da pandemia, recomendamos hoje aos nossos colaboradores o uso de duas máscaras no transporte público.

A adesão aos protocolos sanitários preconizados nas obras foi imediata e persiste. Isto se deve a uma disciplina adquirida por nossos trabalhadores no atendimento às Normas Regulamentadoras como a NR 18 – Saúde e Segurança na Indústria da Construção, e ao uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Assim, uma primeira vantagem de se investir em sistemas de SST resilientes é a formação de uma cultura disciplinada e prevencionista entre os trabalhadores, que rapidamente se adequam a novas necessidades que surjam, como a de se proteger da contaminação pelo coronavírus.

Mas não é só. Sistemas de SST resilientes proporcionam aumento da produtividade e evitam que as empresas acabem tendo prejuízos vultosos se não implementar esses sistemas de forma adequada.

Para comprovar o fato, o Seconci-SP reuniu um grupo de construtoras nos últimos anos. Buscou-se a elaboração de indicadores que demonstrassem a correlação entre os investimentos feitos em SST, a redução do nível de acidentes ocorridos e os gastos que se economizaram como consequência. Os resultados, que serão divulgados em breve, apontam para as vantagens inegáveis de investimento em sistemas de SST resilientes.

Surge o desafio: como implementar esses sistemas em uma indústria da construção cada vez mais moderna e industrializada, em que cada fase da obra é feita pelos trabalhadores das empresas especializadas contratadas, sempre em constante mudança?

Não nos faltam recursos humanos e materiais técnicos para ministrar treinamentos. Além disso, na contratação das empresas especializadas, a construtora precisa verificar minuciosamente se elas estão com toda a documentação de atendimento às Normas Regulamentadoras em ordem, e se os trabalhadores terceirizados receberam os treinamentos de SST de forma adequada.

Uma medida relevante é a formação, pela área de SST da construtora, de uma equipe de seus empregados permanentes que possa sempre multiplicar os conhecimentos adquiridos, zelando para que as medidas preventivas sejam atendidas também pelos trabalhadores terceirizados.

Neste sentido, o SindusCon-SP tem uma tradição de realizar, junto com a Escola Senai local, um evento anual denominado Megasipat (Mega Semana Interna de Prevenção de Acidentes). Durante todo um dia, trabalhadores de diversas construtoras recebem uma capacitação adicional em SST, para depois se transformarem em agentes multiplicadores dos cuidados e das novas práticas aprendidas junto aos seus colegas de trabalho.

Outra maneira de estimular sistemas resilientes de SST é a instituição de uma premiação, como o Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho. As construtoras são desafiadas a mostrar inovações em SST, provando que vão muito além do mínimo que as Normas Regulamentadores exigem.

A pandemia interrompeu as realizações da Megasipat e do Prêmio Seconci-SP, mas assim que a vacina chegar aos trabalhadores, deveremos retomá-las, ainda com todos os cuidados

Seja quais forem os caminhos encontrados pelas construtoras, o importante é que cada construtora proporcione ao seu departamento de SST a mesma importância dada às demais áreas estratégicas de seu negócio. Porque nunca é demais lembrar: investimento em SST não é gasto, é lucro!

*Artigos divulgados neste espaço são de responsabilidade do autor e não necessariamente correspondem à opinião da entidade.

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