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27/07/2017

Setor da Construção discute gestão integrada dos recursos hídricos com vistas ao 8º Fórum Mundial da Água

A participação e o posicionamento da indústria da construção no 8º Fórum Mundial da Água foi um dos temas focais da reunião ordinária da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CMA/CBIC), realizada em parceria com o Senai Nacional nesta quinta-feira (27), na sede da entidade, em Brasília. O 8º Fórum, que acontecerá na capital federal em março do ano que vem, é realizado pelo governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, governo do Distrito Federal, Agência Nacional de Águas (ANA), Conselho Mundial da Água e parcerias com diversas representações do segmento produtivo.

A CBIC está dando seguimento à discussões internas para definir ações relacionadas à participação do setor no Fórum. “É um evento de grandes proporções. Hoje é uma das grandes preocupações no mundo a questão da possiblidade da escassez hídrica”, destaca o presidente da CMA/CBIC, Nilson Sarti.

O Fórum Mundial da Água, que ocorre a cada três anos, é o maior evento global sobre o tema água. Tem como objetivo dar relevância ao tratamento do uso sustentável do recurso na agenda dos países, além de promover o aprofundamento das discussões, troca de experiências e formulação de propostas para o enfrentamento da escassez dos recursos hídricos.

Convidado para falar sobre a organização dos trabalhos e preparativos do evento, o secretário do 8º Fórum Mundial, Rogério Menescal, destacou que o Fórum é uma oportunidade para o compartilhamento de experiências técnicas com outros países envolvendo o cidadão comum e os setores políticos, responsáveis pela tomada de decisão. Menescal fez uma breve apresentação do escopo geral do evento, que será composto pelas seguintes áreas: processo temático, processo regional, processo político e fórum do cidadão.

Ao todo estão registradas e trabalhando atualmente no Fórum 45 instituições ligadas à questão do uso sustentável da água. O secretário manifestou a disposição e expectativa em receber as contribuições da CBIC para a participação da entidade do fórum, que deverá abranger temas como clima, pessoas, desenvolvimento urbano, ecossistemas e finanças. A expectativa dos organizadores é de que o Fórum receba entre 40 e 50 mil visitantes.

Construindo discursos

Representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Percy Baptista Soares Neto, coordenador da Rede de Recursos Hídricos da Indústria, fez um relato sobre os encaminhamentos e iniciativas que a entidade tem adotado na organização do 8º Fórum Mundial da Água. Segundo Percy, o evento tem uma dimensão tão importante quanto a COP 21. “Um dos mais importantes eventos do mundo. Alguns discursos e dogmas se criam em eventos como esses. Por isso é importante a participação do setor em locais onde se constrói discursos que ficam e depois são reverberados”.

Por ocasião do 8º Fórum Mundial da Água, a Agência Nacional de Água (ANA) recomendou às representações dos setores produtivos que apresentem propostas ao Projeto Legado. A iniciativa consiste na consolidação de propostas para o aperfeiçoamento da Política Nacional de Recursos Hídricos. Segundo Percy Neto, a CNI deverá apresentar um documento com cinco propostas do segmento da indústria para o Projeto Legado. E recomendou que as entidades identifiquem temas sensíveis a cada segmento e encaminhe as propostas à Agência Nacional de Águas.

No âmbito do Projeto Legado serão realizadas rodadas de discussões com diversos públicos de interesse que vão colaborar para o aprimoramento das propostas. As rodadas vão culminar no Documento Final, cuja divulgação está prevista para o final do ano, quando será realizado um seminário com ampla participação dos setores envolvidos. A versão final do documento será apresentada no 8º Fórum Mundial da Água.

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