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AGÊNCIA CBIC

16/02/2018

Reforma da Previdência pode mudar cenário de insegurança e favorecer recuperação da economia brasileira

Confiança entre investidores nacionais e internacionais garantirá investimentos em saúde, educação, infraestrutura, segurança e habitação

Dirigentes e empresários da indústria da construção estão mobilizados pela expectativa de votação da Reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados. A medida, avaliam, combinada à aplicação do teto dos gastos públicos e à redução continuada das taxas de juros torna-se vetor estrutural da melhoria do ambiente econômico e terá impacto positivo sobre a retomada do investimento, movimento essencial para a recuperação da economia. “Não se faz investimento sem confiança, por isso, a aprovação da reforma da é essencial para que o País dê passos mais largos na direção da recuperação”, defende o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. “A reforma é o sinal esperado pelos investidores nacionais e estrangeiros de que o Brasil leva a sério o compromisso de equacionar as contas públicas”, completa.

Esse foi o tema principal de encontro dos integrantes do Conselho de Administração da CBIC com o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, em Brasília. Durante reunião institucional realizada pela CBIC, o ministro reforçou a importância da aprovação da reforma previdenciária. “Se não precisássemos da reforma, não estaríamos mexendo em uma questão tão polêmica às vésperas das eleições. Se estamos envolvidos nisso, de corpo e de alma, é porque temos a mais absoluta consciência de que a reforma é necessária”, ponderou Marun, enfatizando que a reforma da Previdência não é “um capricho” do governo. “Não sabemos quem é o próximo presidente, mas sabemos que seu governo estará inviabilizado se não aprovarmos agora alguma modificação consistente na lei previdenciária”, completou.

“Sem a aprovação da reforma da Previdência, o modelo que imaginamos – que está dando resultado, fazendo o País crescer e fazendo com que recuperemos o respeito da comunidade internacional – não se sustenta, ele quebra, não anda”, enfatiza Marun. A expectativa do governo é fazer a reforma avançar na Câmara dos Deputados. Em entrevista exclusiva ao CBIC Mais, o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República destaca os riscos da não aprovação. “O orçamento real, que é o que nos faz investir em saúde, educação, infraestrutura, segurança e habitação, fica cada vez mais comprimido em função do déficit da previdência”, adverte.

Confira a íntegra da entrevista:

CBIC Mais: O senhor está confiante de que a reforma da Previdência será aprovada ainda neste mês na Câmara dos Deputados?

Carlos Marun: Estou confiante de que ela vai ser aprovada em fevereiro, até porque é o nosso tempo limite. Nós temos que aprová-la em fevereiro e estou confiante e trabalhando pela vitória, porque vai ser uma vitória do Brasil.

 

CBIC Mais: Qual o impacto da reforma da Previdência para a economia?

Carlos Marun: A reforma da Previdência simplesmente transformará o Brasil novamente num país viável. Imediatamente essa noção de viabilidade vai fazer com que os investimentos sejam retomados, ou seja, o otimismo do empresário e do consumidor vai ser retomado. Ela trará imediatamente uma injeção de ânimo e de recursos para a nossa economia.

Além disso, a longo prazo, ela tem um ganho fiscal também importante, que permite a retomada de investimentos públicos nas áreas de saúde, habitação, infraestrutura, segurança pública e educação, porque os R$ 268 bilhões, que é o valor do déficit previdenciário do ano passado, foram retirados desses setores. Então, precisamos voltar a investir e isso será possível com a reforma da Previdência.

 

CBIC Mais: Qual a importância da mobilização dos setores empresariais para sensibilizar os parlamentares sobre a importância da Reforma?

Carlos Marun: Nós precisamos que todos os setores lúcidos da sociedade brasileira, que analisam a questão com propriedade, decidam entrar em campo. Decidam também fazer valer a sua liderança, a sua importância, o seu voto, no sentido de que, nós parlamentares – e eu aqui me incluo, porque eu vou me licenciar e vou voltar – nos sintamos confortáveis de que fazer o que é certo neste momento pode também trazer votos nas próximas eleições.

 

CBIC Mais: Quais as consequências de uma eventual não aprovação?

Carlos Marun: A não aprovação será uma reversão absoluta de expectativa. Muito da melhora na economia brasileira se deveu a essa expectativa positiva que o Governo Michel Temer conseguiu estabelecer.  A não aprovação da reforma imediatamente acabará com essa expectativa positiva.

Nós voltaremos a ter uma expectativa de futuro negativa. Isso deve imediatamente ter reflexo no juros que pagamos para rolagem da nossa dívida e vai levar a uma elevação dos juros. Isso, por si só, diminui os investimentos e é gerador de inflação.  Então, corremos o risco de que tudo o que ganhamos nesse um ano e meio de árduo trabalho venha a se perder se nós, nessa hora, não fizermos tudo que é certo e necessário.

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